sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A MINHA EPÍSTOLA DE HOJE

As expressões corriqueiras de “Oh meu Deus”, “Valha-me Deus”, “Que Deus te guarde, “Que Deus te pague” Ou “Que Deus te ajude ou proteja”, são usadas diariamente pelas grande maioria das pessoas, de forma banal como se tratasse de um aforismo popular. O nome de Deus é usado em vão sem qualquer significado quer de religiosidade ou fé, afim de expressarem sentimentos de vária natureza, de surpresa, agradecimento, sexo orgásmico, proteção ou de desejos etc. A seriedade ou profundidade destas palavras são do mesmo teor do que as que usamos noutros contextos desportivos ou políticos, “Viva o Benfica”, “Fora o Árbitro”ou “Abaixo o Governo”.Não preciso recorrer ás referências ou teorias dos pensadores e mestres da filosofia teológica ou evolucionista, quer para aceitar ou negar a existência de Deus ou do Divino, basta que o sinta dentro das minhas entranhas com a intensidade que preciso para o questionar, desafiar e negar sua existência. Deus não põe o pão na mesa de nenhuma família, não actua como juiz para nivelar iniquidades, punir ou recompensar, de facto até parece ter dois pesos e duas medidas. Também não entendo os religiosos e as pessoas cheias de fé, pois quando estão gravemente doentes, não vão de ambulância para a Igreja mas sim para os hospitais onde se entregam não mãos da ciência e não de Deus. Quando João Paulo II a 13 de Maio de 1981 foi baleado na Praça de S.Pedro pelo turco Mehmet Ali Agca, não o levaram para o Vaticano para esperar um milagre de Deus, pois como seu representante na terra, teria em principio a oportunidade de ser beneficiado por um milagre. Também não colocaram todos os cardeais, bispos, arcebispos e padres de todo o mundo a rezar pela sua salvação, já que se afirma que orar com sentimento também opera melhoras ou a salvação do paciente ou moribundo. A decisão foi entregar a vida do Papa á ciência e levaram-no para a Policlínica Gemelli a melhor de Roma, para que fosse operado pelos melhores cirurgiões da época. 16-9-2013

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