sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SUPREMACIA PATERNALISTA

A humanidade e o homem em particular na sua ambição desmedida de crescer em conhecimento, acumular poder, riqueza e propagar a Fé religiosa, levou-o a conquistar novos espaços pelo mundo, vencer distâncias, atravessar continentes quer por terra ou via marítima. Esta demanda que nunca foi altruísta ou pacífica, teve várias etapas em diferentes épocas, e regiões do globo. A aventura marítima começou com os Polinésios há cerca de 7 mil anos atrás, mais tarde com os Fenícios, Cartagineses, Árabes e Romanos. No século XV os europeus particularmente a França, Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda lançaram-se á descoberta do mundo e na grande maioria das vezes essas conquistas pela cruz e pela espada, acabavam em derramamento de sangue. Com o desencadear dessas guerras contra os povos locais, gerava-se desolação, pobreza e a subordinação desses autóctones alguns ainda em estágios primários de desenvolvimento a quem os Conquistadores impunham as suas ideologias religiosas, modos de vida ocidentalizados, e os forçavam a entregar as suas riquezas. O ego esclerótico, a vaidade presunçosa, o poderio militar e bélico acabou por enlouquecer os senhores reinantes de certos países ou regiões a tornarem-se megalómanos quando decidiram propor-se a conquistar o mundo, em vários períodos históricos que a humanidade atravessou ao longo dos séculos. Tal como as abelhas que roubam o pólen valioso das flores exóticas e o levam para as suas colmeias afim de fabricar os favos com mel, também estes navegantes conquistadores dos países que descobriam e ocupavam, se locupletavam com o ouro, pedras preciosas prata, especiarias, sedas, porcelanas, escravos e até animais raros nunca vistos na Europa eram enviados para as suas terras de origem afim de enriquecerem os cofres desses reinos e dos senhores que os governavam, os quais com essas riquezas trazidas de outros continentes construíam ostentosos palácios e monumentos de extraordinária magnificência que os glorificassem para todo o sempre. A supremacia de vários povos e civilizações ao longo de milhares de anos em várias regiões do globo é incontestável e reconhecida nos dias de hoje pela sua herança histórica, arquitectónico, científica e matemática que nos legaram, mas também pelo modo selvático e primitivo, como expressavam as suas formas vivenciais e religiosas. A maioria dessas civilizações da antiguidade era politeístas, até serem assimilados pelos conquistadores que os convertiam ao cristianismo, ou islamismo dependendo da origem geográfica dos colonizadores e da influência futura que desejavam ter nessas regiões. Os missionários tiveram definitivamente um papel importante nessas longínquas paragens, onde S.Francisco de Assis e Livingston deixaram o seu nome na história. 18-9-2013 António Canhoto

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