segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A PERCA DE UM AMIGO (Poema)

Na penumbra sombria daquela capela Á luz mortiça das velas de cera Repousa o corpo inerte, frio e sem vida Num esquife de mogno negro e aveludado Sentadas as mulheres de negro estão carpindo Em pé os homens recordam com saudade Os momentos que partilharam com o defunto Alguns em sussurro oram com respeito Por aquele que outrora fora seu amigo O sacerdote chegou para rezar a missa Por aquela alma decente e bondosa Que tão jovem nos deixou e partiu Desfilamos numa última homenagem De saudade e desejo de uma paz eterna PS: Escrito em Angola em memória do meu amigo Fiúza nos finais dos anos 60

Sem comentários:

Enviar um comentário