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terça-feira, 30 de setembro de 2014
AS MINHAS FASES DA LUA
Para que não existam erros de avaliação sobre o meu perfil idiossincrático, quais as bandeiras que defendo e as barricadas onde luto, aqui deixarei claramente visível a minha impressão digital e o meu ADN, para que não existam dúvidas, sobre em que quadrante do mundo estabeleci a minha zona de conforto e quais os valores que defendo e acredito, conjuntamente com aqueles que repudio por soarem a falso ou não haver provas concretas da sua existência.
Na vida só faço o que me dá prazer, só leio os autores que me agradam e gastronomicamente só degusto os alimentos que proporcionam orgasmos sensoriais ao meu palato. Não sou religioso, e acho o teísmo anedótico, incoerente, falso e mitológico e o seu livro sagrado onde assenta toda a estrutura do cristianismo a qual se pode derrubar ou desmistificar tão facilmente como um castelo de cartas que caí pela base quando soprado ou resistindo na areia até a maré encher. O ateísmo abriu-me as portas de um mundo desconhecido sobre o qual fui cuidadosamente reflectindo sobre as suas teses as quais não só tiveram o efeito de simplificar algumas das minhas questões como acalmarem a minha existência espiritual. Iniciei uma caminhada por trilhos desconhecidos, os quais me têm dado imenso prazer percorrer pela luz que trouxeram a zonas que eu mantinha bloqueadas numa obscuridade deliberadamente adormecida por não encontrar respostas que satisfizessem as minhas interrogações. Fé, só tenho em mim e nas minhas capacidades, nunca esqueço nem perdoo, nem dou a outra face e só não retalio se não puder e quando o faço é com juros de mora. Não tenho crenças nem superstições, não estou enfeudado a nenhum sector classicista da sociedade, não sou prosélito de ninguém nem concedo espaço na minha mente para que esta seja formatada por qualquer entidade ou representante de alguma divindade. Politicamente tenho mais respeito e admiração por Salazar do que por qualquer outro líder politico português que tenha governado Portugal depois de 27 de Julho de 1970 quando este morreu. Esse respeito não advém de algumas das suas decisões políticas especialmente daquelas em relação ao Ultramar, mas sim da sua seriedade e estrutura moral. Não me encontro á esquerda, direita ou ao centro, elevei-me acima dos princípios programáticos dos partidos políticos ou monarquias, para evitar contágios ou conotações ideológicas indesejáveis. Não sou membro ou sócio de nenhum clube de futebol e vejo todo o tipo de desporto com um afastamento saudável e confortavelmente instalado em minha casa. Estou mais interessado em ler as biografias de Gandhi, Karl Marx ou Churchill do que as de Agostinho Neto, Mobutu ou Amin Dada se algum dia existir um biógrafo interessado em as publicar, pois nem todas as pessoas estão interessadas em saber os podres da vida destes criminosos. Quando me falam de Messi, Ronaldo ou Neymar, apenas os identifico pelos cortes de cabelo, brincos, tatuagens, mochilas, relógios, carros que guiam, ou namoradas que têm. O vazio e ausência de algo mais qualitativo na sua bagagem intelectual revela-se logo que abrem a boca. Quando são recordados ou aplaudidos é sempre da cintura para baixo, sendo a sua genialidade usualmente produzida pelos pés os quais quando chutam o fazem de forma mortífera, contudo o resto do corpo encontra-se em estado vegetativo reagindo raramente a estímulos mais elaborados que acicatem os neurónios que se encontram em hibernação catatónica. Pessoalmente estou muito mais interessado em saber que foi Fleming que descobriu a penicilina, que o primeiro transplante cardíaco foi feito pelo médico Sul Africano Chris Bernard, ou que a primeira Leucotomia pré-frontal ao cérebro foi desenvolvida pelo médico Português Egas Moniz que ganhou o prémio Nobel da medicina em 1949, do que saber onde o Ronaldo passou as férias ou se a Irina ficou menstruada. Tenho amigos que ainda habitam em países onde vivi e que foram vários, sendo possivelmente Angola aquele onde mais tempo permaneci. Contudo não sou saudosista em relação aos países, ruas, prédios, cinemas, escolas, o passado já foi vivido e portanto é tempo perdido estarmos aqui nas redes sociais a carpir as mágoas e vivências que jamais se repetirão. Segrego tanto angolanos como chineses ou portugueses, não tenho que gostar, venerar ou adorar o MPLA ou a OMA (Organização da Mulher Africana) e muito menos os membros do Governo. Nunca fui colonizador nem colono, porque nunca colonizei ninguém, a não ser que o termo seja atribuído á cor da pele e não ás funções ou carácter da pessoa. Uma vez que nem sequer fiz o serviço militar logo após o terrorismo ter eclodido por excesso de contingente e passado ás tropas territoriais, não tenho complexos de culpa por ter andado a matar angolanos e se alguma coisa matei alguma coisa foram galinhas do mato ou perdizes quando caçava. Em face disto entendo que nada devo aos angolanos, mas se tivéssemos que fazer um encontro de contas seria certamente um credor do suor e património que naquela terra deixei e de que o Poder Popular se apropriou com o aval dos criminosos do MPLA e a cumplicidade de Rosa Coutinho e do Governo Português da altura. Não gosto de Qizaca, Muzongué, Mufete, Charneta, Junfe, Ocisangua ou muamba de peixe, tenho um bico fino e prefiro outras iguarias como bom “gourmet” que sou. Tanto aperto a mão a um negro como o pescoço a um branco ou vice-versa se me sentir insultado, agredido ou ameaçado e tanto o faria em Luanda nos dias de hoje como em Portugal ou outro local onde me encontre. Sendo uma pessoa livre e independente não tenho de servir, patrões, elites, gurus, políticos ou agradar a alguém em particular, dobrar a espinha ou sabujar os favores de pessoas para subir na vida ou ficar bem na fotografia. Se um dia tiver que devotar o meu tempo livre a alguma ONG haveria duas que certamente poderiam contar comigo: a Amnistia Internacional e a Greenpeace, denunciaria, puniria e castigaria todos aqueles que violassem a Declaração Universal dos Direitos do Homem se tivesse o poder e a autoridade para isso.
14-7-2014
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