segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O PARAISO (Poema)

Vem, meu amor vem Pois eu conheço um lugar Onde todos são felizes Para se poderem amar Vem, meu amor vem Pois eu conheço um lugar Onde os sorrisos são sinceros E a fome foi extinta Pela abundância e fartura De paz e igualdade Por isso os sinos não param de tocar Anunciando ao mundo Que tanto pobres ou ricos De credo, cor ou lugar Terão espaço neste paraíso Para nele coabitar Vem, meu amor vem Vem ver com teus próprios olhos Para que possas dizer ao mundo Que as mágoas não existem E o prazer é perene Onde a vida é eterno E o além infinito Vem pois, meu amor vem Escolher o lugar Para nos possuirmos Com, ternura e paixão Em doce tranquilidade Sobre um halo fluorescente De paz e fraternidade Vem, meu amor vem Pois eu conheço um lugar Paraíso escondido Deste mundo feroz e cruel Onde o ódio foi esquecido E o dinheiro jamais existe Onde todos somos irmãos E a inveja não subsiste Vem, meu amor vem Que te quero ter comigo Nesse Éden apetecido Onde os prados são infinitos E o mar não é profundo Nem o céu o fim do mundo Onde o vento nuca sopra E a primavera é eterna Vem. Meu amor vem Pois eu conheço um lugar Onde a chuva nunca cai Onde as flores não murcham E o sol nunca se põe Onde os frutos sempre maduros Carnudos e apetecidos São propriedade dos amantes Em delírio enternecidos Vem, meu amor vem Deixa-me levar-te p’ra lá De mãos dadas caminharemos Por este mundo corrupto E, o teu guia serei Até atingirmos imunes Esse local impoluto E á nossa triunfal chegada Portões de ouro se abrirão Para nos deixarem entrar Nesse jardim de eleição Onde guardiões de bronze Suas trompetas tocarão Hinos de louvor e redenção Por dois pecadores arrependidos De viverem no pecado da tesão E os nossos corpos unidos Áleas de prata percorrerão Até encontrarmos um lugar Onde possamos alimentar a paixão. Vem, meu amor vem E olha em teu redor Olha os lírios do campo E os prados verdejantes Deixa-me amar-te loucamente No meio das espigas reluzentes Carregadas de diamantes Onde os nossos corpos suados Um ao outro se penetrará Lançando nessa copula O germe da procriação E debaixo do sol escaldante Dessa seara de pão Nós seremos os amantes Dos tempos do antigamente Mas agora purificados Lançaremos nossas vidas Em bases fundamentais P’ra viver eternamente A vida dos imortais. James 7-9-1986

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