quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O PETRÓLEO

Os tempos das vacas gordas terminaram para os angolanos, mudam-se os tempos mudam-se as vontades, as marés mudaram e portanto agora são apenas vazias o dinheiro já não chega onde chegava que era aos bolsos de muita gente, portanto isso implica ter que começar a apertar os cintos. O preço do crude que era habitualmente comercializado nos mercados mundiais a perto de 100 dólares por barril caiu para menos de metade, o que tem causado um tremendo sufoco financeiro a todos os países que dele dependem para financiarem os seus orçamentos gerais de estado. Quase todos os países produtores de petróleo nunca diversificaram as suas economias pois apostaram fortemente na monocultura vivendo dos ovos de ouro de uma única galinha e portanto quanto mais o preço do petróleo desce mais eles estrebucham com falta de ar, neste caso de dinheiro. Todos os países produtores de petróleo com excepção da Rússia e USA, são países árabes, africanos ou sul-americanos, os quais devido à inexistência de estruturas alternativas exportadoras de outros bens vão a curto prazo entrar em recessão económica, segundo as opiniões de todos os analistas financeiros mundiais. O governo de Angola já começou a tomar medidas draconianas a esse respeito, e uma delas foi a das reservas cambiais que passarão apenas a ser usadas para importações básicas e essenciais. Os fornecedores estrangeiros que habitualmente abastecem o mercado angolano de bens de consumo, vão sofrer igualmente, pois Angola passará a comprar menos de metade do que usualmente gastava na importação de produtos superfulos. Estas medidas afectam essencialmente a elite de privilegiados angolanos, cujo estilo de vida era a de nadarem em oceanos de dólares, agora vão passar a nadar apenas em pequenos lagos ou piscinas, enquanto as reservas petrolíferas não secarem por completo. Óbvio que Angola tem felizmente outros minérios que podem complementar e colmatar a baixa cotação do petróleo, mas seria aconselhável a implementação de outras culturas tais como do café, algodão, sisal que lhes permitissem atingir volumes excedentários conducentes à exportação. Angola que não adormeça à sombra das suas riquezas minerais, pois estima-se que seu subsolo tenha 35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais se destacam petróleo, diamante e gás natural. Há também grandes reservas de fosfato, ferro, manganês, cobre, ouro e rochas ornamentais. 27-1-2015

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