O blog Mentes Iluminadas é uma contribuição livre para quem desejar partilhar pensamentos de uma forma inteligente e bem estruturada que facilite a compreensão a todos aqueles que se interessam por temas controversos tais como: Aborto, Eugenismo, Eutanasia, Pena de Morte, Nacionalismo, Xenofobia, Racismo, Religião, Politica etc. Serve também para quem desejar manifestar a sua livre opinião sobre os textos, que aqui tenha uma tribuna para poder fazer os seus comentários.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
O PRINCIPIO DE PETER
Peter Johnson e Raymond Hull publicaram em 1969 um pequeno livro que rapidamente se tornou não só viral mas também num tremendo sucesso de vendas intitulado “O Princípio de Peter” que basicamente descreve o seguinte: Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência. Para provar esta teoria temos quatro bons exemplos práticos relacionados com figuras reais e fictícias: Macbeth foi um eficaz chefe militar, mas um rei incompetente., o pontificado do penúltimo Papa Bento XVI, foi tão mau que tendo consciência disso demitiu-se, Adolf Hitler por sua vez foi um competente político, mas encontrou seu nível de incompetência como general, Sócrates foi um excepcional filósofo, mas péssimo advogado de defesa. Infelizmente por vezes ninguém tem o poder necessário para impedir a maximização do coeficiente de erro, pois quando se consciencializam que alguém passou pelo crivo promocional sem que todos os critérios tenham sido devidamente observados, já foi tarde demais.
O erro acaba por se tornar dispendioso e uma solução tem que ser encontrada por essa ou por outras razões incomodativas torna-se imperativo “pôr na prateleira” esse alvo a abater, mas para que isso aconteça e para que ela pense que vai para o céu, quando em boa verdade encapotadamente a colocamos no inferno, temos de agir com subtileza e compelidos a criar para essa pessoa uma posição ou estatuto, que muito embora principescamente bem pago, o mantém manietado e sem qualquer poder executivo.
Existem várias maneiras de as pessoas se alcandorarem a lugares e posições de chefia, algumas vezes por mérito próprio subindo a corda a pulso ou escalando os degraus do sucesso pela sua rigorosidade, competência, ética, profissionalismo e qualificações académicas. Como ninguém se autopromove obviamente que as nossas aptidões terão que ser reconhecidas, pelos donos ou patrões, accionistas, ou directores executivos da empresa. No funcionalismo público, normalmente são os anos de trabalho que levam as pessoas a ser promovidas de escalão, alínea, ou transferidas e colocadas por escolha.
O corolário desta lei atinge o seu zénite nas seguintes circunstâncias: Quando se é puxado por um padrinho, empurrado por um correlegionário, devido a cunha, filho ou genro do patrão, por nepotismo, amizade politica, maçonaria, “hobby”, igreja ou clube e corporativismo. E quando um destes factores ocorre e uma promoção ou emprego é obtido e o valor de X da equação descoberto, acontece o seguinte:
1-A nata sobe até azedar.
2-Para qualquer trabalho no mundo existe alguém, em algum lugar, que não o pode fazer. Pela força da promoção, esta pessoa conseguirá esse posto.
3-Uma viagem de mil quilómetros termina com um único passo.
4-Todo trabalho útil será feito por aqueles que ainda não alcançaram seu nível de incompetência.
5-Com o tempo, cada posto tende a ser ocupado por um funcionário que é incompetente para realizar suas funções.
6-O trabalho é realizado pelos funcionários que ainda não atingiram o seu nível de incompetência.
Para todos os lugares onde são precisas pessoas para desempenharem funções aparecem candidatos todos eles com recomendações de padrinhos bem colocados no sistema politica, financeiro ou corporativo. Depois de entrarem no “sistema” cujo leque é muito abrangente pois pode ir desde gestor de empresa a administrador de páginas na internet. Cedo revelam estar imbuídas de uma atitude feudal, totalitária, arrogante e paternalista, exigindo veneração do “rebanho” que administram e controlam como se estivessem numa coutada privada, onde distribuem favores e benesses, cobram impostos e nunca perdem a oportunidade de mostrar a sua autoridade ameaçando os vassalos de advertência ou expulsão por desterro se não forem adulados e bajuladas pelos seus cortesãos, onde alguns parece terem imunidade diplomática em virtude de quebrarem as regras do jogo sem que quaisquer sanções lhes sejam aplicadas.
2-2-2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário