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sexta-feira, 27 de março de 2015
SABER VIVER A VIDA
Durante o nosso trajecto existencial as nossas vidas sofrem por vezes grandes oscilações, são normalmente épocas ou períodos conturbados que muito embora queiramos ignorar ou esquecer inevitavelmente nos marcam, umas vezes por longos espaços temporais, outras vezes mais dramaticamente, para a vida inteira. Esses ciclos negativos, podem ser traduzidas por depressões devastadoras de sentimentos e emoções que abalam como um terramoto todas as fundações e fibras do nosso ser, revolvendo-nos as entranhas num vómito nervoso causando-nos cãibras no estômago. Por outro lado, uma vez que a nossa mente e pensamento, apenas se encontram focados e centrados no problema que nos afecta, as longas noites de insónia e vigília sucedem-se provocando-nos desequilíbrios psíquicos graves. Estas fases a que eu chamo da lua, poderão eventualmente levar, dias, semanas ou meses para esquecer. São períodos pouco esclarecidos, de visão deficiente, de mente entorpecida a qual passa a viver numa escuridão quase total. O nosso percurso de vida, é que não se compadece com estes episódios de difícil solução. Estes estados psicóticos e depressivos na grande maioria das vezes, somente com ajuda profissional os conseguimos superar. As pessoas não pedem para nascer, nem têm que se desculpar ou justificar por estarem vivas. Só o existir, implica uma grande preparação psicológica, para enfrentar os grandes desafios com que a vida nos confronta: o stress, as pressões e tensões, o acumular repressivo das injustiças e provocações com que somos sistemática e periodicamente submetidos. Eu comparo esta situação ao abrir uma garrafa de espumante, quando se tiram os arames de protecção e a rolha salta fora com a pressão interior, que traduz para mim a vontade recalcada de não podermos retorquir ou ripostar na forma adequada, por ter que engolir um ou vários sapos com regularidade e que nos deixa embuchados e revoltados. Todas estas oscilações mentais, podem levar as pessoas menos preparadas a grandes descompensações do foro neurológico e a actos desesperados com consequências imprevistas, que facilmente poderão fazer as primeiras páginas dos jornais. O meu conselho para que estas pessoas se possam proteger e defender destas situações e sair rapidamente do lodaçal de areias movediças em que se encontram, passa forçosamente por um aturado treino e de uma disciplina mental, para que nos momentos de ruptura possam flutuar em vez de se afundar. A nossa determinação, voluntariedade, e capacidade analítica de perspectivar a situação de uma forma fria, desapaixonada e calculista é meio caminho andado para a sua solução. Os problemas têm que ser atacados de uma forma cirúrgica para que os eliminemos, com o mínimo de danos e cicatrizes possível. Mas para que possamos de uma maneira eficiente, activar os nossos dispositivos de segurança e autodefesa, temos que na grande maioria das vezes reagir por instinto, e antever com uma certa margem de tempo, qual a causa e o efeito, que o vórtice do furacão que se aproxima nos causará. Nesse preciso momento, o alerta tem que ser dado a todo o nosso sistema nervoso, a fim de que o mesmo entre de prevenção imediatamente, accionando todos os dispositivos de defesa ao seu alcance. No caso de situações complicadas para os cidadãos comuns menos avisados e treinados para o efeito, estes ficam rapidamente reféns, e escravizados a valores que não subscrevem, nem pretendem perpetuar. Raramente sem excepções todos nós ao longo da vida, passamos por várias crises que lançam o pânico entre os menos avisados e preparados para lidar com estas emergências, portanto quanto melhor for a preparação psicológica de cada um para estar á altura de gerir, combater, repelir, negociar ou pactuar com todas elas, mais depressa sairá do labirinto que o sufoca. Quase que poderia garantir, sem grande margem de erro, que a grande maioria das pessoas, não tem a percepção de antecipar indícios dos problemas que irão desabar sobre a sua cabeça até que estes lhes caiam na mesa á sua frente e portanto a sua capacidade de reacção e o poder perante os perigos ou ameaças de saírem ilesos ficam reduzidos á expressão ínfima, pois teriam sido lentas, ou desajustadas ás circunstâncias. No quotidiano aquilo que afecta mais as pessoas, é a rejeição, o esvaziamento rápido e abrupto do seu ego que habituado a ser massajado, deixa de o ser de um dia para o outro. O rompimento sentimental por vezes torna-se devastador quando é doentio e obsessivo podendo levar os intervenientes a um descontrolo emocional de resultados imprevisíveis. As pessoas a quem isto acontece, não devem em circunstância alguma perder o norte nem a alegria de viver, assumindo imediatamente o pensamento positivista de que ninguém precisa de ninguém, ninguém é insubstituível quer física, mental ou profissional, e muito menos sentimentalmente. Nunca nos devemos colocar numa posição de subalternidade, de obediência, vassalagem ou concordância no que respeita a valores que afectem a nossa dignidade ou não subscrevemos. Se abdicarmos das nossas crenças e valores, automaticamente nos despersonalizamos consentido que nos accionem por controlo remoto como marionetes, que nos coloquem a albarda, sela, ou grilhetas. A subserviência tal como a rebeldia têm limites e fronteiras, portanto temos o dever de não cair em nenhuma destas extremidades, delimitando de uma forma visível a terceiros quais as marcas que não devem ultrapassar. Ninguém quer ou precisa de patrões, carcereiros, esclavagistas ou senhores feudais a quem tenhamos que pagar tributo, rendas ou améns, apenas por estarmos vivos e respirar o ar ou o espaço que por direito merecemos ou ocupamos. Quando por fraqueza, impreparação ou cobardia autorizamos que estas pessoas se tornem donos dos nossos sentimentos e decidam escolher as nossas opções de vida, sem que para isso sejamos consultados a dar um parecer ou a emitir uma opinião, isso de imediato, torna-nos prostitutos a trabalhar para o nosso proxeneta, com uma devoção fanática e doentia a fim de lhe agradar, mesmo que para isso, tenhamos que ser submetidos ás maiores privações e degradações de servidão humana. As pessoas conscientes e medianamente inteligentes, têm que de quando em vez, parar ao longo do seu percurso existencial para pensar, reflectir sobre a sua performance, objectivos, sucessos e fracassos, debater consigo próprios as interrogações que os afligem, ou a razão pela qual falham em atingir as suas metas. Quando isso acontece é nosso dever e obrigação reprogramar as nossas prioridades e percurso tentando encontrar melhores alternativas e opções a fim de melhorarmos os resultados da das nossas performances vivenciais. Existem duas maneiras de se trabalhar: uma de forma inteligente e compensadora e outra de forma dura e desgastante, tudo depende essencialmente das qualificações e ambições pessoais de cada um, pois para alguns apenas o céu é o limite e portanto usam de todo o seu engenho para criarem asas, enquanto para outros a terra chega-lhes e sobra. As pessoas têm que se habituar a fugir das áreas de conflito, evitar o obscurantismo, renegarem o caciquismo, aconselharem-se com os iluminados e profissionais, mas acima de tudo desenvolverem uma mentalidade ganhadora. Sempre que possível devemos estar associados ou acompanhados com vencedores da vida, e ser vistos a seu lado, e não com vencidos e derrotados. O sucesso respira-se sadiamente ao lado de pessoas bem-sucedidas deixando-nos ficar com a impressão de que brilhamos e reluzimos mais e eliminando o nosso embaciado congénito. Existem pessoas que foram treinadas para viver diariamente nas avenidas rápidas da vida, corda bamba e nas bermas de altos precipícios, vivem em permanente confronto e debate interno de auto critica com a sua consciência, mas também antagonizando externamente tudo e todos os que abusando do poder de situações de privilégio ou estratégico tentem exercer directa ou indirectamente pressões sobre terceiros, a fim de satisfazerem fins inconfessáveis ou de proveito próprio. Não preconizo que todos nos tornemos Robins dos Bosques, que roubemos aos ricos para dar aos pobres, mas podemos lutar e reivindicar para que os ricos sejam menos ricos e os pobres menos pobres utilizando todas as formas de luta possíveis dentro das leis democráticas como é óbvio. Não podemos autorizar nem permitir que as nossas vidas sejam condicionadas por reminiscências de decisões boas ou más, justas ou injustas que tivemos de tomar no passado e que o remorso vaguei pelo nosso subconsciente como um fantasma que teima em habitar uma casa assombrada, causando-nos traumas psíquicos irreparáveis de auto-comiseração. As pessoas podem não saber concretamente aquilo que desejam para as suas vidas, mas devem saber exactamente aquilo que não querem e rejeitam. Seria saudável que as pessoas removessem das suas cabeças todo e qualquer tipo de preconceitos conservadores, hábitos, tradições arcaicas, regionalistas e paroquiais. As mentes devem ser arejadas e todas as teias de aranha removidas para que não possam obstar a que o cérebro se torne receptivo a estudar, pensar, raciocinar, reflectir, decidir, assimilar e absorver matérias, princípios ou filosofias em que acreditemos, e façam sentido dentro da nossa cabeça. Temos o dever de rejeitar ser catequizados pela auto-sugestão dos falsos profetas que apregoam ser os detentores da verdade única e Universal. Não podemos perder a liberdade de pensar e chegarmos às nossas próprias conclusões, devendo fazer ouvidos de mercador a todos aqueles que nos pretendem instilar nas nossas cabecinhas as suas teorias, que eles antecipadamente já decidiram ser as melhores para o nosso conforto ou bem-estar. Para que consideremos, contemplemos ou adoptemos sugestões ou filosofias que outros desejam que aceitemos implantar nas nossas vidas temos que as sujeitar a um debate prévio ou discussão com o mentor das mesmas. Se autorizarmos que isso aconteça, sem que reflictamos e ponderemos seriamente sobre o assunto, estaremos a afunilar e limitar as nossas próprias opções e a nossa capacidade mental de poder raciocinar com independência. Não podemos enfeudar a nossa mente ao poder mental e persuasivo de terceiros, que deliberadamente confundem e baralham os menos esclarecidos, impreparados para argumentar ou esgrimir as suas convicções em duelos mentais, onde se requerem mentes ginasticadas e treinadas para contrapor o poder desses vendilhões do templo que alimentam, cultivam, exploram as fraquezas e crendices dos incautos e ignorantes. Estes, aceitam cegamente aliar-se e incorporar-se nas suas legiões como seus fiéis seguidores, na esperança que estes lhes alimentam o espírito com o seu carisma, facilidade de argumentação, palavra fácil, recompensas a longo prazo ou a salvação eterna. É preciso que as pessoas se habituem a deixar de reagir temperamentalmente ou pusilânimente e raciocinem com uma frieza gelada, pensando com a cabeça e deixando o coração alheio às decisões que requerem ser equacionadas em vertentes da defesa da honra ou da dignidade. Não existem fórmulas secretas para se ter sucesso vida ou para se deixar de ser medíocre, existem certamente métodos de autodefesa e preservação que podem ser despoletados a tempo para evitar as armadilhas ou ciladas que a vida nos prepara diariamente. A vida não se aprende lendo livros ou comparando experiências e também não são os cursos académicos que nos vão conferir o estatuto de mestre no desembuste, na adivinhação ou no desmascaramento dos profetas das graças ou desgraças. Para que se consiga um balanceamento harmónico e perfeito, é necessário muita força interior, disciplina mental, autoconfiança e coragem para atacar os problemas frontalmente e assumir as consequências inerentes a essas decisões. O carisma e a liderança, obtém-se com treino, pois ninguém nasce vencido ou vencedor, líder ou seguidor, o sucesso não é genético nem hereditário, não é um DOM que vem do berço, mas sim fruto de paciência, perseverança, dedicação e vontade férrea. Se nos municiarmos a tempo e horas com as armas ou ferramentas apropriadas para lidar com problemas específicos teremos sempre uma forte probabilidade de levar de vencida a adversidade. Se conseguimos matar um pássaro com uma fisga, já não conseguimos fazer o mesmo com um elefante, portanto este exemplo demonstra clara e objectivamente que temos que usar a arma ou a ferramenta adequada para resolver ou solucionar de uma forma definitiva e cabal cada problema Quem na vida está restrito a uma única arma ligeira de defesa pouco sucesso terá quando confrontado ou desafiado por alguém mais forte e poderoso ou situações que requerem intervenções radicais. O sucesso na vida obtém-se seguindo regras muito precisas, não acontece por mero acaso, por sorte ou por acidente, constrói-se implicando um hábito consistente e diário de disciplina rígida e metódica, uma rotina de treino que tem que ser desenvolvida, planeada e refinada com mestria, tal como um atleta de alta competição, que para obter resultados desportivos competitivos tem que treinar diariamente, para manter os músculos preparados para o esforço físico, a que tem que submeter o seu corpo durante as competições desportivas. O sucesso precisa de ser alimentado e cultivado, com dureza, consistência e disciplina, minimizando a falha ou o erro, maximizando as possibilidades para que as nossas missões ao longo da vida sejam coroadas de sucesso. As pessoas deveriam periodicamente fazer uma avaliação criteriosa da situação a partir do ponto em que se encontram, medindo a sua progressão ou imobilismo. Devemos saber exactamente para onde desejamos ir, como pretendemos lá chegar, e, quais os meios que dispomos para conseguir obter os resultados que previamente programamos. Para quem se proponha ter êxito, na sua caminhada em direcção ao sucesso, terá forçosamente que fazer uma avaliação criteriosa das armas que possui para entrar nessa contenda, bem como do meio ambiente em que pretende operar “Quais os nosso pontos fortes, e os daqueles que pretendemos enfrentar, assim como quais as nossas fraquezas e a dos nossos oponentes. A seguir, temos que descobrir quais as ameaças a que podemos estar sujeitos, e as oportunidades que o meio nos oferece para que possamos ter alguma vantagem em relação aos nossos concorrentes e finalmente tentar antecipar se temos condições para ser bem-sucedidos no nosso empreendimento. Quando na vida entramos numa corrida, pomos o nosso prestígio pessoal em jogo temos de ter uma estratégia, pois todos os outros terão também os seus trunfos para jogar no momento exacto, portanto devemos ter antecipadamente feito uma avaliação criteriosa da nossa preparação quer seja ela física, mental, intelectual e académica, para podermos desempenhar essa tarefa com o mínimo rácio de sucesso, nunca inferior a 50% de probabilidades de poder vencer. Para que isso aconteça teremos que saber quais as energias que temos disponíveis para despender nesse percurso, os sacrifícios que estamos preparados para fazer, e, finalmente termos a consciência das nossas fraquezas, limitações e potencialidades. Por outro lado temos que definir com objectividade as metas que realisticamente nos propomos atingir, monitorizar os desvios de percurso periodicamente e mantermos uma atitude sempre focada no que é essencial e supérfluo. Na senda para a excelência, verte-se sangue, suor e lágrimas, mas acima de tudo importa saber e contabilizar qual vai ser exactamente o nosso investimento e contribuição para com a vida, pois esta não pode nem deve ser exclusivamente avaliada pelo número de anos que vivemos, mas sim, todos os sacrifícios que fazemos para tornar a vida interessante, aventurosa e imprevisível, ou chata, monótona e rotineira. Nós devemos tentar ser diferentes, imaginativos, criativos, trespassando as pessoas com os nossos impactos, não nos limitando apenas a tocá-las, pois se o fizermos isso implica que sejamos esquecidos facilmente. A nossa vaidade pessoal e auto-estima ficam revalorizadas quando somos reconhecidos ou quando o crédito nos é dado por uma performance de excelência. É reconfortante sermos falados, discutidos e badalados, mesmo que sejamos invejados, detestados ou criticados Desde que falem de nós, já é um bom sinal, é porque existimos e a nossa cabeça começou a sobressair acima da multidão anónima e amorfa, deixando definitivamente de ser um número no computador quer da Empresa para quem trabalhamos, Segurança Social ou IRS. Quando atingimos esse estatuto quase que passamos a ser intocáveis e passamos a ser tratados com deferência pelo nosso próprio nome, deixando de ser cidadãos anónimos ou de segunda classe, para passarmos a ser considerados V.I.P’s. O sucesso e a posição social têm um preço, tornando-se por vezes uma factura dispendiosa a pagar, o que me faz lembrar uma citação de uma artista de cinema mundialmente famosa e que dizia: "Passamos a maior parte da vida a tentar dar nas vista e á procura da fama e quando eventualmente a conseguimos, passamos o resto da mesma a tentar passar despercebidas atrás de óculos escuros e a viajar incógnitos". Na vida existem várias maneiras de chegar ao topo da pirâmide do poder e do sucesso: Uns sobem a corda a pulso, outros chegam lá por cunha, nepotismo, resultado da mesma filiação politica, e outros ainda atropelando tudo e todos como bulldozers desde que os meios justifiquem os fins, e finalmente alguns ainda com oportunismo e golpes de sorte. Mas infelizmente a vida na sua grande parte é feita, alicerçada e conduzida na base de injustiças e golpes baixos, pagando o justo pelo pecador onde o esperto, oportunista e lambe cus é recompensado e promovido e o inteligente e diligente fica preterido e ostracizado. Este longo monólogo reflecte uma vez mais a minha visão realista sobre alguns aspectos da vida que acabam por ser aqueles com que somos confrontados no nosso quotidiano.
1999
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