sábado, 11 de abril de 2015

MINHA EPÍSTOLA DE HOJE

Existem muitas expressões corriqueiras de religiosidade ou fé que as pessoas usam quase que diariamente tais como: “Vai com Deus” “Que Deus te Guarde”, “Que Deus te Abençoe”, “Valha-me Deus”, “Oh.Meu Deus!..”, “Que Deus te Ajude”, “Que Deus lhe Pague”, para manifestarem estados de alma. Outras elocuções populares são igualmente usadas com finalidades diferentes para exprimirem sentimentos de vária natureza, tais como: de surpresa, desagrado, ira, revolta, agradecimento, sexo orgásmico, protecção ou de desejos etc. A seriedade ou profundidade destas palavras são do mesmo teor do que as que usamos noutros contextos desportivos ou políticos, “Viva o Benfica”, “Fora o Árbitro “ou “Abaixo o Governo” ou “O Povo Unido jamais Será Vencido”. Não precisamos de recorrer às referências ou teorias dos pensadores e mestres da filosofia teológica ou evolucionista, para aceitar ou negar a existência de Deus ou do Divino, basta que o sintamos ou não dentro das nossas entranhas com a intensidade que precisamos para acreditar ou negar a sua existência. Deus não põe o pão na mesa de nenhuma família, não actua como juiz para nivelar iniquidades, de facto até parece ter dois pesos e duas medidas quando em vez de punir os pecadores compensa-os de forma pública o que se torna ultrajante para os cumpridores das leis de Deus. Também não entendo os religiosos e as pessoas cheias de fé, pois quando estão gravemente doentes, não vão de ambulância para as Igrejas, mas sim para os hospitais onde se entregam não mãos da ciência e não de Deus. Quando João Paulo II a 13 de Maio de 1981 foi baleado na Praça de S. Pedro pelo turco Mehmet Ali Agca, não o levaram para o Vaticano onde todos os cardeais, bispos, arcebispos e padres de todo o mundo poderia rezar à sua cabeceira pela sua salvação, já que se afirma que orar com sentimento também resulta nas melhoras do paciente. Confesso que fiquei surpreendido por terem desacreditado o potencial oratório de tão elevadas figuras eclesiásticas entregando sua Santidade nas mãos falíveis de médicos humanos. A decisão foi entregar a vida do Papa á ciência e levando-o para a Policlínica Gemelli a melhor de Roma, para que fosse operado pelos melhores cirurgiões da época, perdendo Deus a melhor oportunidade da sua vida de provar ao mundo e à ciência a sua existência, intervindo de forma divina operando um milagre sem que tivesse havido a necessidade da intervenção humana. 16-9-2013

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