A MORTE DE UM CARDEAL

Morreu hoje 12-3-2014 D. José Policarpo ex-Cardeal Patriarca de Portugal já reformado há algum tempo, tendo exercido essas funções eclesiásticas durante o período de 15 anos e substituído por Manuel Clemente, Bispo de Porto. Apesar de já não exercer esse cargo de chefe máximo da igreja em Portugal, por ter atingido o limite de idade, não deixou contudo de ter no seu funeral um número elevado de presenças de membros do governo, bem como também a do Presidente da Republica, os quais se deviam ter abstido de comparecer uma vez que o estado português se declara oficialmente laico em relação á religião. Estas contradições reafirmam a existência de um certo proteccionismo em detrimento das outras religiões a quem não são concedidos os mesmos privilégios outorgados pela concordata assinada entre o estado Português e a Santa Sé em 2004. Pouco faltou para que a este servo de Deus lhe tivesse sido concedido honras nacionais de estado com bandeira a meia haste, luto e feriado nacional. Este Cardeal conservador sempre seguiu a linha dura e religiosa dos Papas do Vaticano quanto a eventuais reformas da igreja. Sempre foi contra o uso do preservativo, leis a favor do aborto, casamento entre homossexuais e adopção entre casais do mesmo sexo. O Governo deveria manter uma posição laica sem se associar em massa a estas manifestações “sifilíticas”, ou então proceder da mesma maneira em relação ao falecimento de personagens ilustres de outras religiões, pois em Portugal existem milhares de portugueses que sendo cristão não são católicos e naturalmente sentem-se ofendidos quando os seus lideres religiosos são ignorados pelo governo Português quando morrem. Por outro lado o cretino e imbecil do Presidente da Republica afirmou que Portugal estava de luto, como se todos os portugueses fossem ovelhas do mesmo rebanho, ou ele tivesse carta de alforria representar todo o povo Português, no que respeita á religião, politica ou clubite. Há imensos portugueses que abjuraram politica e religiosamente, e portanto não desejam nem querem ser representados por ninguém. Toda esta palhaçada do cortejo fúnebre ter desfilado por algumas ruas de Lisboa é ridícula e enche-me de comiseração por todos aqueles que prestam reverência e as últimas homenagens a alguém que sempre procurou ocultar e branquear o comportamento pedófilo dos padres portugueses. Só espero que a sua alma e de todos aquelas que ele protegeu em vida da alçada da justiça, se encontrem nas profundezas dos infernos e sejam queimados em fogo lento. 14-3-2014