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terça-feira, 14 de abril de 2015
O MEU SERMÃO DE HOJE
Deus, Javé ou Alá são desde as suas origens as divindades centrais das religiões abraâmicas, sendo o cristianismo a religião preponderante na cultura ocidental, para além desta e mais para oriente o judaísmo e o islão fazem sentir a sua presença de diversas formas expansionistas e belicistas, por isso se diz que Jerusalém é a capital das 3 religiões. Existem várias formas que foram usadas para definir Deus. Platão dizia que Deus era o princípio o meio e o fim de todas as coisas. Os Espiritas têm uma concepção de Deus curiosa e dizem: Que definir é limitar, o ser que enche o tempo e o espaço não será jamais medido por seres limitados pelo tempo e pelo espaço. Querer definir Deus seria circunscrevê-lo e quase negá-lo. Um dos dicionários dizem que Deus é perfeição, soberania, único, eterno, imutável, incontestável, inquestionável, puro, verdade, imaculado, criador, omnisciente, omnipresente, omniparente, outros definem-no como eterno e infinito. Para resumir, tanto quanto podemos, tudo o que pen¬samos referente a Deus, diremos que Ele é a Vida, a Razão, a Consciência em sua plenitude. É a causa eter¬namente operante de tudo o que existe. É a comunhão universal onde cada ser vai sorver a existência, a fim de, em seguida, concorrer, na medida de suas faculdades crescentes e de sua elevação, para a harmonia do con¬junto. Todo este elaborado floreado semântico apenas serve para dourar a pírula, a qual para uns é indigesta, e para outros parece ajudar tal como os soporíferos que têm a função de adormecer os que deles dependem.
Eu sempre me considerei um hermeneuta da exegese Bíblica, por isso uso da parrésia para de forma desabrida e sem rodeios dizer tudo aquilo que penso sem receio de represálias. Assumo corajosamente a responsabilidade de me tornar um Deicida das divindades. Deus, na minha modesta opinião não passa de um conceito literário ou poético, simbólico e imaginário fruto de uma abstração ilusória criada por homens, que tal como Júlio Verne, não só estavam adiantados para o seu tempo, como eram dotados de uma imaginação criativa invulgar e prolifica
Bem cedo na vida consegui a minha autodeterminação religiosa, e espiritual, separando o religioso do profano, e libertando-me das grilhetas com que á nascença fui aprisionada na pia baptismal do catolicismo.
Por me considerar suficientemente inteligente e capaz de gerir o meu próprio destino em relação a todos os aspectos da vida, senti a necessidade de deixar ser seguidista e afastar-me definitivamente do rebanho religioso oficialmente reconhecido pelo Governo Português como catolicismo através da concordata que subscreveu e assinou com a Santa Sé em 2004, substituindo a de 1940. Sempre soube o que queria da vida, qual a direcção que pretendia seguir e com quem desejava fazer algumas caminhadas dos meus percursos e no que respeita à religião em particular, entendi faze-lo solitariamente. Quanto a deuses tenho vários e só acredito naquilo que posso tocar, ver, cheirar, ouvir, sentir ou beneficiar. O sol e o fogo que me aquece, o oxigénio que respiro, a água que bebo, o ar que me refresca, o dinheiro que me põe a comida na mesa, me veste calça e compra todos os bens de que necessitamos para vivermos. Venero os cirurgiões que operam e prescrevem medicações para nos aliviarem de dores e maleitas, agradeço aos equipamentos de diagnósticos sofisticados que determinam a razão das anomalias físicas que nos perturbam, os laboratórios que investigam, descobrem e lançam nos mercados medicamentos que curam, esses sim são os verdadeiros deuses que prolongam, protegem e mantêm a nossa qualidade de vida e a quem devemos estar e ficar gratos, pois continuam diariamente a salvar vidas. São todos estes a quem devemos idolatrar pelos benefícios palpáveis e reais que colhemos, em vez de o estarmos a perder o nosso precioso tempo fazê-lo em orações e améns a divindades de pau carunchoso pregadas em cruzes de inexistência duvidosa. Eu por moto próprio sinto-me capaz de criar os meus próprios Deuses, não preciso que ninguém me venha impingir os seus como verdadeiros, só porque existem cerca de 1.115 milhões de católicos no mundo inteiro isso não outorga ao catolicismo o direito de afirma que o seu Deus é mais verdadeiro do que outro qualquer. Eu decidi ser o Deus de mim próprio, pois reconheço á minha consciência essa autoridade e portanto não preciso de obedecer a leis, mandamentos, ou prestar contas a quem quer que seja, faço-o dentro da minha própria casa em meditações autocriticas de aperfeiçoamento idiossincrásico.
Os doze apóstolos/discípulos de Jesus Cristo decidiram assumir a função de escribas e contar uma história inverosímil chamada de Novo Testamento onde explicam a criação do mundo e acontecimentos posteriores onde o seu mestre esteve envolvido desde o seu nascimento até á sua crucificação. Nenhumas destas narrativas podem ser autenticadas ou confirmadas, uma vez que não existe nenhum legado histórico deixado por personagens isentos e credenciados da época que façam referência a este homem a quem chamaram Jesus Cristo. Curiosamente todos os livros sagrados existentes nenhum deles foi escrito por mulheres, pois se o fosse certamente quer na Bíblia ou Corão elas não seria tratadas, inferiorizada, desumanizadas e apedrejadas até á morte por infidelidade, ou então aplicariam aos homens o mesmo tratamento.
A ciência não larga o osso e continua investigando a criação do mundo e a origem da espécie humana deixando bem claro que a existência de divindades é um mito que tal como a fruta podre acabará naturalmente por cair da árvore. Não existe nenhuma evidência racional e inteligente de uma existência Criacionista. Ninguém se cria a si próprio, portanto o mistério do paradigma divino acabará mais tarde ou mais cedo por ser desvendado. Na minha opinião eu defendo a tese de que foi a humanidade que por desconhecimento científico de como certos fenómenos astronómicos e terrestres ocorriam ciclicamente decidiram criar Deuses á sua imagem, para aplacar e apaziguar os seus medos e receios. A religião é como a droga, depois de se tomar uma vez fica-se adicto, sendo preciso tratamento medico para a sua cura, e a medicação adequada para esse vicio apenas pode sortir efeito, quando o doente religioso se ilumina pela leitura e conhecimento e começa a pensar pela sua própria cabeça, questionando os dogmas que lhe foram ministrados desde o dia que o levaram á pia baptismal, marcando-o com o ferrete do catolicismo, como se faz ao gado para que se saiba a que fazendeiro pertence.
15-9-2013
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