segunda-feira, 21 de setembro de 2015

CEPTICISMO E AGNOSTICISMO

O cepticismo e agnosticismo não sendo propriamente sinónimos situam-se na fronteira da dúvida e muito embora com significado semelhante, o primeiro pode suscitar dúvidas conceptuais muito embora a sua existência seja real, ou material, enquanto o segundo baseia-se numa convicção religiosa a qual não se pode ver, tocar ou cheirar e onde entram a crença ou o dogma sendo a sua tese firmada nos pressupostos de que a credibilidade apenas advém do nosso querer, acreditar. pensar, supor ou imaginar. O Agnosticismo é uma visão filosófica de atitude ou doutrina do espírito humano para alcançar ou questionar o valor da verdade de certos fenómenos existenciais absolutos sobre a origem da vida, do após morte, ou do mundo. O agnosticismo questiona as autoridades eclesiásticas, livros sagrados bem como teorias cientificas quando estas fazem afirmações inequívocas sobre a existência ou não existência de qualquer divindade, mas também sobre reivindicações religiosas e metafísicas, quando estas são desconhecidas ou incognoscíveis. Agnóstico vem do grego: a-gnostos, ou seja, não-conhecimento, aquele que não conhece. Os criacionistas teístas para os agnósticos, são incapazes de provar com fundamentos racionais suficientes a afirmação de que Deus existe, bem como os evolucionistas Darwinistas também não conseguem justificar de que Deus não existe. Na medida em que uma defende que nossas crenças são racionais se forem suficientemente apoiadas pela razão humana, a pessoa que aceita a posição filosófica de agnosticismo irá perceber que nem a afirmação de que Deus existe nem a afirmação de que Deus não existe é racional. O agnosticismo pode ser definido de várias maneiras, e às vezes é usado para indicar dúvida ou uma abordagem céptica a perguntas. Em alguns sentidos, o agnosticismo é uma posição sobre a diferença entre crença e conhecimento, ao invés de sobre qualquer alegação específica ou crença. Dentro do agnosticismo existem ateus agnósticos (aqueles que não acreditam que uma divindade ou mais divindades existam, mas não afirmam saber isso) e os teístas agnósticos (aqueles que acreditam que um Deus existe, mas não afirmam saber isso) A principal divisão interna do agnosticismo reside entre três facções distintas a saber: o agnosticismo teísta, agnosticismo ateísta e o agnosticismo deísta. Diferenciam-se entre si em pressupostos conceptuais e dogmáticos diferentes. Os teístas partem do princípio que existe um Deus, deuses ou divindades, os ateístas assumem justificadamente pela razão e contradições bíblicas da inexistência de Deuses e divindades, embora ambos os grupos assumam que lhes faltam provas que comprovem um ou outro lado. Finalmente o deísmo é uma posição filosófica naturalista que acredita na criação do universo por uma inteligência superior (que pode ser Deus, ou não), através da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal, em vez dos elementos comuns da religião teísta, baseadas em revelações, tradições, livros sagrados feitos por escribas, onde a existência de u, Criador Organizador do Universo (comparável ao Demiurgo do filósofo grego Platão é endeusado tornando-se no pilar fundamental da filosofia deísta. Em palavras mais simples: um deísta é aquele que está inclinado a afirmar a existência de um criador, mas não pratica nenhuma religião, não negando a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e físicas. A interpretação de Deus pode variar para cada deísta. O Cepticismo encontra-se na ténue fronteira do desconhecimento, duvida ou incerteza para o conhecimento racional, lógico, existente e assertivo. Pirro de Ellis (filósofo grego nascido em Élida 360 anos A.C, fundador da escola filosófica, o cepticismo, uma doutrina prática, também conhecida como "Pirronismo", que se caracterizava por negar ao conhecimento humano a capacidade de encontrar certezas. Filósofo de teorias complicadas, ao estudar sobre os discursos filosóficos de sua época, concluiu que todas as doutrinas eram capazes de encontrar argumentos igualmente convincentes para a razão. Desdobrou sua filosofia em três questões: qual a natureza das coisas, como devemos portar-nos ante elas e o que obtemos com esse comportamento. Para ele toda intenção de ir além das aparências está condenada ao fracasso pelas deficiências dos sentidos e pela fraqueza da razão. 21-9-2015

Sem comentários:

Enviar um comentário