O blog Mentes Iluminadas é uma contribuição livre para quem desejar partilhar pensamentos de uma forma inteligente e bem estruturada que facilite a compreensão a todos aqueles que se interessam por temas controversos tais como: Aborto, Eugenismo, Eutanasia, Pena de Morte, Nacionalismo, Xenofobia, Racismo, Religião, Politica etc. Serve também para quem desejar manifestar a sua livre opinião sobre os textos, que aqui tenha uma tribuna para poder fazer os seus comentários.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
REFUGIADOS E RELIGIÕES
REFUGIADOS E RELIGIÕES
Não tenho procuração de ninguém para advogar as minhas reflexões sobre o título em epígrafe. As minhas conclusões baseiam-se nas minhas leituras que venho fazendo há longos anos sobre religiões, bem como interpretando o sentimento que os europeus vêm expressando nas redes sociais que estatisticamente me levam a inferir que estes estão maioritariamente contra esta invasão de refugiados islamitas pelo espaço europeu criando o caos e impondo aos governos europeus uma situação para a qual não estavam preparados para acomodarem tanta gente. Os islamitas nada têm em comum com a cultura europeia, pois temos passados históricos que se conflituam desde a idade média. As dissidências cristãs levaram ao longo dos séculos à divisão entre a igreja Católica Apostólica Romana, Protestante e Ortodoxa, especialmente devido à interpretação dos livros sagrados bem como do deboche papal e ortodoxia existente na igreja católica que se tem prolongado até aos dias de hoje, procurando reger o mundo como se ditatorialmente ainda vivessem na idade média, conhecida pela idade das trevas. No século XVI a igreja julgava, castigava, torturava e queimava todos aqueles considerados por ela hereges ou então excomungava-os quando estes já tinham atingido uma notoriedade que se poderiam considerar de intocáveis, não tendo a igreja a coragem para os julgar. Hoje em dia as pessoas são mais cultas e instruídas e portanto já não se deixam encarneirar facilmente por pastores iluminados que as pretendem levar para os seus redis com promessas de paraísos celestiais ou edens onde 72 virgens nos esperam quando nos tornamos mártires ao explodirmos de forma a causar a maior devastação e mortes possíveis.
O paradoxo é que as religiões existentes no mundo prometem e proclamam através dos seus arautos terem os seus Deuses o poder e a capacidade de dar ás pessoas a esperança e bem aventurança de que elas tanto precisam pois a sua estrutura psíquica e mental é de tal modo débil que precisam de bengalas e andarilhos para conseguirem caminhar pelas estradas da vida, narcotizados pelos opiáceos da fé, crença e dogmas religiosos que usam para se alienarem das realidades da vida.
O mundo por outro lado de forma autofágica vem-se destruindo a si próprio, por meio de pestes, tempestades, vulcões, tremores de terra, e fenómenos climatéricos, mas particularmente pelas guerras religiosas onde os vencidos são mortos ou obrigados a converterem-se aos Deuses dos vencedores.
Algumas religiões entre elas o catolicismo, judaísmo e evangélicos transformaram a religião numa indústria de fazer dinheiro, na idade média pelas indulgências papais os soberanos europeus pagavam e contribuíam com uma percentagem dos saques que as suas tropas faziam nas cruzadas em nome da fé e hoje com os dízimos, colectas dominicais e doações feitas pelos ofertantes religiosos. O catolicismo foi uma religião tão barbara nos seus hediondos crimes inquisitoriais como têm sido os islamitas, portanto entre os dois venha o diabo e escolha.
A única diferença entre as três religiões Abraâmicas é a seguinte; Os cristãos oram em direcção ao céu, os judeus contra uma parede, chamado muro das lamentações, os Islamitas de cu para o ar de cabeça para o chão mas sempre virados para Meca e obrigatoriamente 5 vezes ao dia. Muito embora todas estas três religiões descendam do mesmo Deus parece que ele pregou versões diferentes, pois o entendimento dos fieis de cada uma delas não foi o mesmo.
Para todos aqueles que depositam nas mãos de Jesus Cristo as suas esperanças, ou expectativas de milagres, benefícios ou bem-aventuranças, não se esqueças de que ele tinha buracos nas mãos e que por elas se escapam muitos dos pedidos feitos a esta divindade.
As Nações Unidas no ano passado fizeram várias perguntas a diferentes cidadãos do mundo e a Islândia ganhou com 90% quando respondeu à pergunta “No que é que voces acreditam”, e eles responderam. “Em nós próprios”, pois quando temos problema para resolver ou desejamos por o pão na mesa para a família nenhum Deus ou Alá nos ajuda, somos nós pelos nossos meios que temos que solucionar os problemas.
Pessoalmente perfilho da mesma opinião dos Islandeses, de que sou o meu próprio Deus, tendo que provir pela minha sobrevivência, pois a religião e fé não alimenta ninguém, nem paga salários e não sacio a fome comendo Bíblias.
Penso não estar errado quanto à minha opção ateísta de ver o mundo espiritual e se houver um Judeu/Cristão chamado Deus presente no dia do meu julgamento final (morte), podem ter a certeza de que quem o vai julgar pelas suas atrocidades terrenas descritas no Velho Testamento e outras no Novo serei eu, mesmo “in absentia”. Muitas das suas injustiças e iniquidades, especialmente a pedofilia ocorrida dentro das igrejas pelos seus servidores que escapam sem punição á justiça dos homens e à divina é algo que reitera a minha descrença em seres divinos superiores omniscientes e omnipresentes, quando estes actos abjectos se desenrolam nas suas barbas se é que as tem, pois ninguém nunca o viu mais gordo ou mais magro.
Não me peçam para que seja condescendente para com Deus pois muito embora lhe conceda a oportunidade de se retractar, justificar e defender tudo o que ele disser nada abonará ou mitigará a sua defesa. Como sei que este Deus prevaricador, insensível, que arrogantemente ameaça quem não o adorar ou cumprir os seus mandamentos arderá no inferno eternamente, não terá o meu perdão e portanto poderá ter a certeza que irá ficar com mais um conjunto de buracos nas mãos e nos pés caso venha à terra o que prometeu fazer há mais de 2 mil anos.
A minha verdade não vem escrita em evangelhos, livros sagrados, ou corroborada por aqueles que se dizem iluminados, abençoados ou ungidos pelos seus deuses. A minha verdade vem da minha lucidez analítica, evidências científicas, razão e senso comum.
Nunca pedi para o Universo ser criado, e muito menos para nascer e existir. Em virtude disso não entendo porque alguma divindade se deva intitular credora da minha existência. Alguns teístas arrogam-se ao direito de estupidamente afirmar que a vida é uma dádiva de Deus. Se fosse uma dádiva porque é que a mesma é exigida na forma de fé e devoção, quando ao nascer todos somos ateus, e só passamos a ser rotulados religiosamente depois dos nossos progenitores nos venderem espiritualmente a uma das suas religiões sem o nosso consentimento.
É como ser-se obrigado a pagar por um serviço que nunca pedimos ou usufruímos. Não me sinto devedor a ninguém, sou livre de vender a alma ao diabo como fez Fausto se assim entender, mas como este também não existe, acabarei por ficar com ela em vida sem a hipotecar a ninguém.
16-9-2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário