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terça-feira, 15 de setembro de 2015
O ISLAMISMO, REFUGIADOS E EUROPA
Para que entendamos o Islamismo e as suas origens aqui deixo neste texto algumas indicações sobre os preceitos da sua religião. A “Charia”, ou lei islâmica, é praticada em territórios controlados pelos Islâmicos. O islamismo é a segunda maior religião do mundo a seguir á católica com 1.57 biliões de praticantes divididos pelo mundo nas seguintes proporções. A grande maioria dos países árabes são teocracias ou oligarquias ou seja os primeiros governados por clérigos e os segundos por uma família que pode ser real, a qual se sucede no poder eternamente. As teocracias são mais radicais pois controlam e regulam os preceitos espirituais, morais, educacionais e culturais dos seus cidadãos, e as punições para o não cumprimento dos mesmos implicam severos castigos que culminam com a pena de morte a qual pode ser aplicada de várias formas. O seu livro religioso chama-se Corão, o seu deus é Alá e o seu profeta equivalente ao Jesus Cristo dos cristãos, foi Maomé. O cristianismo só começou a aparecer no mundo quase 40 DC, e o Islamismo nasceu no ano 570 DC, portanto de certo modo poderemos dizer que são quase que contemporâneos.
O calendário islâmico ou calendário hegírico é um calendário lunar composto por doze meses de 29 ou 30 dias ao longo de um ano com 354 ou 355 dias. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira- a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de Julho de 622. O mês começa quando o crescente lunar aparece pela primeira vez após o pôr-do-sol. Tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar ou Gregoriano que é o nosso. O ano actual de 2015 para os Islâmicos corresponde a 1437. Os Islamitas têm uma gastronomia diferente da nossa e estão proibidos de comer certos animais e ou outros permitidos só sangrados.
A maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações religiosas: sunitas 80% e xiitas 20%. Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia o maior país muçulmano do mundo. Vivem 25% no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio, 2 % na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudoeste Asiático e 15% na África Subsariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo. Os muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial é uma das que mais crescem no mundo. Existem alguns milhões de muçulmanos disseminados pelo novo e velho mundo resultado de migrações que ocorreram há centenas de anos e as quais ainda nos dias de hoje acontecem. Estes emigrantes que na Europa se estabeleceram em alguns casos foi como resultado dos países a que pertencem terem sido no passado colónias, anexações ou protectorados de 8 países europeus. Mais recentemente e devido às convulsões bélicas nos seus países e totalmente despojados dos seus bens procuram na Europa refúgio em virtude dos seus países se encontrarem devastados por guerras ou revoluções contra os ditadores que totalitariamente se encontram no poder há dezenas de anos.
A nova ordem mundial é hoje em dia feita por guerrilheiros libertários que lutam pela implantação de um novo Califado ou estado islâmico. Existem nesta altura dois estados islâmicos o do Iraque e do levante chamado de (EIIL) e o do Estado islâmico do Iraque e Síria conhecido por (EIIS), ambas são organizações Jihadistas e dela fazem parte muçulmanos que chegam dos quatro cantos do mundo para se alistarem nas suas hostes. Estes dois califados foram proclamados em 29 de Junho de 2014 e têm como Califa e líder Abu Bakr al-Baghdadi. O EIIL afirma a sua autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e aspira a tomar controlo de muitas outras regiões de maioria islâmica a começar pelo território da região do Levante que inclui Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay, uma área no sul da Turquia
A brutalidade assassina com que estes Jihadistas têm actuado sobre as populações civis dos territórios conquistados ou de militares inimigos aprisionados tem causado no mundo civilizado uma aviltante revolta visceral contra estes animais radicais e fanáticos religiosos. A devastação causada pela guerra civil em áreas habitacionais muita das populações têm fugido procurando refugio em alguns países vizinhos, mas a grande maioria deles procuram na Europa o refúgio que precisam para continuarem a viver e respirar. A sua passagem por vários países europeus tem sido controversa, e turbulenta pelos desmandos, lixo que deixam e manifestações que fazem exigindo direitos que não têm ou países para onde pretendem ser acolhidos. Os governantes europeus também não se entendem quanto às quotas de acolhimento dos refugiados bem como à forma de se processar a identificação dos mesmos.
Não compreendo porque muitos dos países árabes ricos em petróleo vizinhos da Síria, Iraque e Líbia não recebem estes refugiados, falam a mesma língua, adoram o mesmo Deus, têm a mesma gastronomia, hábitos e cultura, vestem-se da mesma maneira, portanto seria mais fácil a sua adaptação. A boa verdade é que a Europa está já sobrecarregada de estrangeiros e os seus autóctones não vêem com bons olhos a chegada de mais estes milhares de aliegenes que de um momento para o outro vão cair de para-quedas em vários países europeus para sobrecarregarem os seus Orçamentos Gerais do Estado, para além de poderem cometer actos de terrorismo ou causar instabilidade política. A xenofobia alastra como um rastilho de pólvora contra a invasão destes “mouros” que se preparam para viver à custa dos nossos impostos, serviços sociais e médicos até sabemos lá quando. Com alguma razão não existe quase nenhuma solidariedade para com estes estrangeiros com os quais teremos de conviver no futuro, pois seria hipocrisia dizer que são bem-vindos e os vamos receber de braços abertos.
14-9-2015
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