SINTO-ME ENVERGONHADO AO QUADRADO

No domingo senti-me envergonhado de ser Português por duas razões. A primeira por ser cidadão de um país onde as forças da ordem trataram de forma assassina uma família constituída por avô, filho e dois netos de uma forma bárbara, troglodita como nos foi mostrado pela televisão, o que nos torna num país incivilizado do terceiro mundo e numa República das Bananas. A segunda vergonha que sinto é ter que admitir que sou Benfiquista em virtude de não gostar de mentir. Após o jogo na cidade onde se iniciou a nossa nacionalidade, e ainda dentro das instalações do clube de futebol Victória de Guimarães, alguns milhares de sócios benfiquistas, ficaram retidos dentro das instalações do estádio por razões de segurança cerca de 60m e nesse ínterim, vandalizaram, destruíram e roubaram tudo aquilo que os seus instintos selvagens lhes permitiram fazer sem serem punidos pelas forças da ordem, que aparentemente se encontravam ocupadas noutras funções. Estes energúmenos benfiquistas desencadearam actos de violência inadmissíveis quer nas instalações desportivas do Victoria de Guimarães quer no Marquês Pombal onde os confrontos entre os próprios benfiquistas geraram pancadaria e agressões, as quais se agravaram com a intervenção da polícia de choque que degenerou numa batalha campal de onde resultaram detenções e feridos de ambas as partes. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa já deveria ter vindo a público proibindo futuras celebrações clubistas em locais públicos, restringindo as mesmas aos estádios de futebol. O Presidente do Benfica Sr. Luis Filipe Vieira também deveria numa conferência de imprensa convocada para este efeito informado que de futuro as celebrações ficarão condicionadas ao Estádio da Luz até que as formas comportamentais desses selvagens sejam testadas previamente por atestados emitidos por psicólogos e psiquiatras garantindo que estes quadrúpedes deixaram de ter desvios animalescos e que finalmente depois de tratamentos intensivos já começam a assimilar formas comportamentais humanas menos agressivas, mas mesmo assim só podem sair á rua açaimados e com trela curta sobre controle e supervisão familiar. 19-5-2015