sexta-feira, 30 de outubro de 2015

OS ABUTRES

O abutre é o nome vulgar dado às aves falconiformes da família Accipitrídea, de hábitos necrófagos, conhecidas também como abutres-do-velho-mundo. Os abutres são os segundos na cadeia alimentar a chegar depois dos caçadores ou leões a banquetearem-se descarnando os despojos do que resta. Os abutres assemelham-se exteriormente aos urubus e condores (os abutres-do-novo-mundo), mas estes pertencem à família Catartídea.. Os abutres são aves de grande envergadura, usando correntes de ar quente para planar, têm cauda pequena e geralmente são desprovidos de penas na cabeça. Os abutres são mais longevos em relação a outras aves, chegando a viver 30 anos em cativeiro. Esta pequena introdução ou intróito apenas serviu de recurso para comparativamente desenvolver a minha tese analítica entre a forma comportamental e sociológica do novo riquismo demonstrado pelas novas elites politicas angolanas e de todos aqueles que vivem na sua sombra assegurando o poder que lhes faculta enriquecer de forma corrupta e descarada. Esta analise resume-se a identificar a diferença entre os portugueses que viviam em Angola antes da independência, a que os angolanos depreciativamente apelidavam de invasores, usurpadores e colonizadores de quem desejavam ver-se livres a qualquer custo, e aqueles que se consta serem mais de 100 mil que para Angola emigraram à procura de melhor qualidade de vida depois do términus da guerra civil. Os portugueses nascidos em Angola ou que para ela emigraram antes de 1975, consideravam aquele país a sua terra, viviam-na e defendiam-na com uma intensidade visceral, investindo nela tudo o que lá ganhavam, e isso provou a grandiosidade de crescimento que o país atravessava até à independência. Os portugueses que para lá emigraram especialmente na última década, foram à procura da árvore das patacas, convencidos de que os elevados preços do petróleo durariam eternamente o que lhes permitiria continuarem eternamente a transferir ordenados ou os lucros das suas empresas. Não tenho qualquer complexo, vergonha ou rebuço de chamar a esta nova leva de portugueses que procurou Angola como bóia de salvação para não morrerem à fome em Portugal de oportunistas ou relembrando o filme de Harrison Ford intitulado de “Os novos “Saqueadores da Arca Perdida”, mercenários do capitalismo que apenas procuram sacar desse país tudo o que pudessem como vampiros sugam o sangue das suas vítimas. Usaram Angola em seu benefício sem nunca lá terem investido um Kwanza ou dólar e tanto quanto sei os angolanos nunca os trataram mal ou apelidaram como opressores ou novos colonialistas, porque sabem que a opressão, censura e fascismo imana dos seus próprios irmãos de cor negra que governam o país. Agora que o barco se afunda, as restrições económicas aumentam, os portugueses parecem ratos a abandonar o barco que politica e economicamente ameaça naufragar muito em breve. Tenho pena e dó dos angolanos que sem a ajudada tecnologia estrangeira estão destinados a voltar à idade das trevas e da pedra, pois com o pouco conhecimento tecnológico que hoje detêm estão irremediavelmente condenados ao retrocesso que se processará à velocidade da luz, até atingirem de novo o primitivismo em que os encontramos em 1462 quando os navegadores portugueses descobriram Angola. O dinheiro e a as fortunas dos mais de cinco mil milionários angolanos não pode nem é traduzido em conhecimento, portanto o destino de Angola pode ser desde já inscrito no epitáfio da sua lápide tumular. ““NESTE TERRITÓRIO EXISTIU UM PAÍS CHAMADO ANGOLA”-. 29-10-2015

Sem comentários:

Enviar um comentário