sexta-feira, 30 de outubro de 2015

RELIGIÃO, DEUSES E MAGIA

Se o mágico David Copperfield tivesse nascido e vivido há 2 mil anos atrás e percorrido os caminhos que jesus Cristo trilhou pelo Oriente Médio, mostrando ocasionalmente os seus truques mágicos que o celebrizaram mundialmente, não tenho a menor dúvida de que seria considerado um Deus e idolatrado pelos seus admiradores. Se a essas habilidades juntasse um discurso ou narrativa imbuída de uma oratória apelativa de estrutura temática e conteúdo ideológico socialista que fizesse sentido na cabeça de todos aqueles pobres, analfabetos e ignorantes que viviam subjugados ao poder do império romano, muito depressa arregimentaria uma legião de fiéis prosélitos que o seguiriam como cães amestrados. Contudo quem corporizou a parte do texto supracitada não foi David Copperfield mas sim um homem que fontes suspeitas de várias origens e autores nos deixaram em relatos escritos que dizem traduzir as pregações e milagres deste homem que afirmam ter existido e a quem deram o nome de Jesus da Nazaré. Obviamente que um homem deste calibre rapidamente se tornaria notado, falado e seguido tornando-se perigosamente conhecido ameaçando o poder instituído o que levou o Governador Romano Pôncio Pilatos a cortar o mal pela raiz mandando crucifica-lo. Se por outro lado em vez de termos transportado a nossa mente na construção de um cenário imaginando a existência de David Copperfield há 2 mil anos atrás, tivéssemos a noticia de que tinha aparecido nos dias de hoje alguém afirmando ser Jesus Cristo regressado à terra por ordem de seu pai para voltar a exercer o seu ministério de pregador de sermões e parábolas qual seria a nossa reacção? Mesmo que esta personagem o fizesse de forma a impressionar-nos com as suas habilidades mágicas ou de verborreia oratória, não teria qualquer sucesso ou impacto nem surpreenderia ninguém, mesmo que alegasse ser filho de Deus. Este Cristo seria de imediato retirado da circulação como um impostor e internado num hospital psiquiátrico. Devo confessar muito honestamente que mesmo que eu fosse o verdadeiro e genuíno Jesus Cristo teria imenso medo de regressar à terra em pleno século XXI, pois duvido que alguém acreditasse na veracidade das minhas afirmações mesmo que para provar o meu poder, ressuscitasse todos os mortos do cemitério da Ajuda em frente da TV, pois o David Copperfield também atravessou a muralha da China, voou sem asas, caminhou sobre as aguas, foi cortado ao meio e não morreu, fez desaparecer um avião do palco e desapareceu do palco tendo aparecido na plateia provando a sua omnisciência. Praticamente todos os académicos contemporâneos concordam que Jesus, embora não haja consenso sobre a fiabilidade da crença que o Jesus bíblico e o Jesus histórico foi um pregador Judeu da Galileia.. Do Jesus histórico vários perfis foram construídos, mas aquele que deu origem ao Novo Testamento e que provém de 27 livros compostos de 13 cartas, epistolas, 4 evangelhos, o Apocalipse é sem sombra de dúvida a fabricação mais perfeita e credível que se tem mantido inabalável ao longo dos milénios sem tremer nem estrebuchar até mesmo quando contestada pela ciência que até aos dias de hoje não conseguiu provar tal como no Velho Testamento que as narrativas descritas nestes dois livros sagrados são destituídos de veracidade. Algumas linhas cristãs acreditam que Jesus foi concebido e inseminado por uma pomba chamada de (Espirito Santo), nasceu de uma virgem praticou milagres, fundou a igreja morreu crucificado como forma de expiação pelos pecados da humanidade, ressuscitou ao terceiro dia e ascendeu ao Paraíso do qual regressará mas ninguém sabe quando. A grande maioria dos cristãos venera Jesus como a encarnação de Deus o Filho, a segunda das três pessoas na Santíssima Trindade. Alguns grupos cristãos rejeitam a Trindade, no todo ou em parte o que originou a criação de mais de 100 religiões cristãs, sendo a católica uma delas, mas com vários lideres, o católico, ortodoxo e anglicano. .Na minha modesta opinião este mito a quem chamam Jesus Cristo não passa de um ser imaginário pois todos os escribas da época nenhum relata a existência deste homem, o qual se tivesse tido a importância que nos querem fazer querer que teve, não teria passado despercebido a todos os historiadores que se preocuparam em deixar os seus testemunhos para a posterioridade de factos que mereceram ser relatados, quer pela sua grandiosidade, crueldade ou raridade. Não tenho a menor dúvida de que este pregador andou adiantado cerca de 2 mil anos à época em que viveu, pois era dotado de uma persuasão, manipulação e dotes oratórios de um magnetismo que congregavam multidões para o ouvirem discursar, tal como aconteceu com Hitler, que se tivesse vivido nos dias de hoje seria certamente líder de qualquer partido politico. 30-10-2015

Sem comentários:

Enviar um comentário