sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

TERRORISMO

Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a fazer vitimas, incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos de pânico generalizado entre a população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objectivos, como organizações políticas de esquerda e direita, grupos separatistas e até por governos no poder. Acções terroristas típicas incluem assassinatos, sequestros, explosões de bombas, matanças indiscriminadas, raptos, linchamentos etc. É uma estratégia política e não militar, e é levada a cabo por grupos que não são fortes o suficiente para efectuar ataques abertos, sendo utilizada em época de paz, conflito e guerra. A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em sectores específicos da mesma, com o objectivo de provocar num inimigo (ou seu governo) uma mudança de comportamento. O terrorismo está dividido em 5 categorias diferentes: 1) Terrorismo Físico: Uso de violência, assassinato e tortura para impor seus interesses. 2) Terrorismo ou Guerra Psicológica: Indução do medo por meio da divulgação de notícias que causem o pânico nas populações. 3) Terrorismo de Estado: Recurso usado por governos ou grupos para manipular uma população conforme seus interesses. 4) Terrorismo Económico: Subjugar economicamente uma população por conveniência própria por embargo económico. 5) Terrorismo Religioso: Quando o incentivo do terrorismo vem de alguma religião. Brigadas revolucionárias, Milícias, Organizações Paramilitares, “freedom fighters”são apenas eufemismos a que o mundo oriental socialista, comunista ou radicais Islamitas recorre para disfarçar a palavra terroristas. Estes poderão apenas faze-lo por dinheiro e nesse caso serão considerados mercenários, ou voluntariam-se gratuitamente por ideologia politica ou religiosa para lutarem nos seus países, ou em países estrangeiros, ao lado de movimentos de libertação, de facções governamentais que em guerra civil procuram subjugar e impor pela força das armas as suas filosofias politicas, rácicas, tribais ou religiosas. Temos vários terroristas que se tornaram celebres, venerados e mitos mundiais como Che Guevara, Osama Bin Laden, Carlos “O Chacal” Mandela, Arafat. Entre os muitos conflitos armados da nossa contemporaneidade temos o caso da guerra civil Espanhola, Síria, Colômbia, dos conflitos religiosos, nas Filipinas Irlanda, Líbano, Iraque, Afeganistão.Etnicos no Ruanda, Curdistão, Kosovo Servia, Croácia, Bósnia, Tribais em Angola e Moçambique após independência. Existiram movimentos de guerrilha e libertação que nasceram em países colonizados lutando pelas suas autodeterminações, contra as potências colonizadoras. Golpes de Estado causados por via militar, para alterar o sistema político da ditadura para a democracia ou vice-versa têm acontecido em vários países do mundo, mas esses não os podemos considerar actos de terrorismo. Noutros caso criaram-se grupos civis mas militarmente organizados com o intuito de fazerem cair os Governos legalmente eleitos e mundialmente reconhecidos como países já independentes como Cuba, África do Sul, S.Salvador, Peru e Chile etc. Temos no mundo nos dias de hoje, várias organizações terroristas a operar em vários cenários mundiais com impactos tremendos. A Al Qaeda agora sobre o comando do terrorista mais procurado do mundo Ayman al-Zawahiri médico Egípcio, tem sido possivelmente aquela que mais tem contribuído com as acções mais espectaculares de terrorismo. É uma organização que congrega pessoas de várias nacionalidades do mundo árabe bem como de países ocidentais que lutam basicamente contra todo o Ocidente por motivos religiosos, (Jihad Islâmica) mas políticos também. Na Itália durante os anos 70 tivemos as brigadas vermelhas, em Portugal o PRP, na Alemanha o grupo de extrema-esquerda fracção do exercito vermelho chamado Baader Meinhof, na Irlanda o IRA, nos USA o Ku-Klux-Klan nas Filipinas os extremistas do grupo Abu Sayyaf, na Somália o grupo Al Shaabab, na Colômbia as FARC e ELN, na Espanha a ETA, no Afeganistão os Talibãs na Palestina Yasser Arafat criou a Fatah. Carlos o “Chacal”, terrorista mundialmente famoso durante os anos 70 que liderou a Frente Popular para a Libertação da Palestina e que por toda a Europa cometeu os mais hediondos crimes em nome de uma causa politica ainda hoje não resolvida. Por todo o mundo existem ainda hoje movimentos radicais islâmicos ou de outras ideologias que operam ilegalmente sem ou com conhecimento dos governantes dos países onde têm as suas bases em zonas remotas, florestas ou montanhas, procurando através de acções de terrorismo, tais como: sequestros e assassinatos, forçarem governos a fazer cedências como sejam por exemplo a libertação de prisioneiros ou o pagamento de avultados resgates para a libertação de reféns No período da colonização Portuguesa, também os movimentos de libertação eram considerados de terroristas pelos massacres que cometeram indiscriminadamente contra as populações branca e negra e mais uma vez aqui os rótulos que eram dados a esses bandos de criminosos divergiam de acordo entre o Ocidente e o Oriente, para os primeiros eram terroristas, para os segundos nacionalistas que lutavam pela libertação do seu país. Não vou aqui discutir a sintaxe usada por ambos, mas sim os actos realizados em nome do fim a que se propunham realizar. Na Índia Ghandi optou pela desobediência civil recusando a luta armada e acabou por conseguir o reconhecimento pela parte dos Ingleses á independência do seu país. No caso particular de Angola os Russo e Cubanos chegaram em força para ajudarem as os militares do MPLA a combater, quer o exercito sul africano que avançava pelo sul e a FNLA que com a ajuda de ex militares portugueses e mercenários contratados mas envergando o fardamento das tropas da FNLA tentavam chegar a Luanda vindos do norte. Muito embora nas suas hostes existissem militares estrangeiros, tal como acontecia com o MPLA em ambos os casos na existência de prisioneiros os mesmos deveriam ser tratados de acordo com a Convenção de Genebra. Que as forças Sul-Africanas fossem considerados invasores de um país estrangeiro, estamos de acordo, mas a FNLA tinha tanto direito a disputar o solo Angolano e exercer a sua representatividade como o MPLA ou a UNITA. No decorrer desse combate encarniçado e sangrento as forças da FNLA, foram rechaçados e alguns mercenários aprisionados, julgados e condenados á morte. Na eventualidade da FNLA ter apanhado Cubanos ou Russos e feito deles prisioneiros teria exactamente o mesmo direito de os fuzilar. Muito embora Angola nessa altura tivesse obtido a sua independência unilateralmente, pois o Governo Português entregou Angola ao povo Angolano e não ao MPLA, este partido apoderou-se ilegalmente do Governo sem eleições democráticas. Á face da sua lei de ilegítimos representantes do povo angolano considerou as tropas da FNLA um exercito invasor e sobre o mesmo retaliou barbaramente. Com os Sul-africanos a história foi diferente pois era um exército de regular de um pais estrangeiro a invadir outro. Quando os Sul-africanos aprisionarem 3 Cubanos nem os julgaram ou condenaram, apenas os mantiveram aprisionados mostrando-os á comunidade internacional como conselheiros militares das tropas do MPLA, e que mais tarde foram libertados em troca de militares sul africanos igualmente aprisionados pelo MPLA, durante a guerra que se desenrolou no sul de Angola. Quando se enverga uma farda de um exército regular a nacionalidade do militar que enverga essa farda é irrelevante, o tratamento que lhe deve ser concedido é a de prisioneiro de guerra e tratado de acordo com as leis internacionais que existem para esse efeito. A Legião Estrangeira Francesa sempre teve militares de várias nacionalidades, os Ingleses também com tropas de elite Gurkhas até a tropa portuguesa em Angola, tinha os chamados TE (dissidentes da UPA, Fieis Catangueses, dissidentes e refugiados do regime de Mobuto do Ex-Congo Belga, os Flechas”,GE e GEP em Moçambique e os Comandos Africanos e Fuzileiros Especiais Africanos na Guiné que eram auxiliares do exercito constituídas por nativos oriundos da região que eram utilizados para auto defesa das populações ou como pisteiros que levassem á localização e descoberta de terroristas. A galeria de notáveis que lideraram os movimentos de libertação africanos terão sem sombra de dúvida o seu lugar na história dos seus países e serão idolatrados com estatuas, esfinges e monumentos em seu louvor para serem lembrados como memória futura, não só pelas atrocidades, holocaustos e êxodos que cometeram pelos seus compatriotas mas pelos restantes lideres do mundo democrático e civilizado do Ocidente. Todos eles têm as suas mãos estão manchadas de sangue portanto a história mais cedo ou mais tarde acabará por revelar a parte mais sórdida e obscura das suas vidas. A grande maioria dos países africanos após independência seguiu o caminho marxista, o qual acabou por ser abandonado anos depois pelo insucesso que o mesmo revelou ao ser implementado em África. Depois do Gana (antiga Costa do Ouro) que foi o primeiro país africano a tornar-se independente em 1957, todos os outros mais tarde adoptaram encapotadamente pela filosofia capitalista considerando-se países não alinhados. Holden Roberto, Savimbi Mandela, Mondlane, Neto, Samora, Amílcar Cabral todos eles directa ou indirectamente cometeram actos de terrorismo quando viviam na clandestinidade liderando os seus movimentos de libertação nacionais. Não compreendo como alguns destes terroristas conseguiram ser endeusados pelas comunidades internacional e receberem prémios Nobel da Paz como o caso de Mandela e Yasser Arafat. As pessoas não podem ser vistas ou avaliadas apenas por parte das suas vidas, nem vestir a pele de cordeiros quando foram sempre lobos. 27-6-2013.

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