segunda-feira, 29 de setembro de 2014

AFRICA-1

Para quem não saiba como Africa foi partilhada entre as potências europeias aqui deixo algumas indicações de como os países Europeus esquartejaram o continente Africano a seu belo prazer. A conferência, que reuniu representantes de 14 países europeus em Berlim, de Novembro 1884 a Fevereiro de 1885, tinha como o objectivo a partilha de África como se tratasse de um bolo, onde cada parceiro tirava a sua parte e nada mais para os donos da terra. A África foi partilhada em nome de deus todo-poderoso, pelas majestades e imperadores da Alemanha, Rei da Prússia, imperador da Áustria, rei da Boémia, rei apostólico da Hungria, rei dos belgas, rei da Dinamarca, rei da Espanha, presidente dos Estados Unidos da América, presidente da República Francesa, rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, imperatriz da Índia, rei da Itália, rei dos países baixos, Grão-Duque do Luxemburgo, rei de Portugal e dos Algarves, imperador das Rússias, rei da Suécia e Noruega e imperador dos Otomanos. Até a Alemanha que não estava envolvida na política de assentamentos execuções mediadores e defensores do livre comércio e navegação, aceitou levar a cruz em nome de deus todo-poderoso. A Acta Final estabeleceu regras para a colonização da África e estabeleceu também o princípio da efectividade de reconhecer a anexação. Após a Mise-en-scène das independências concedidas pelos países colonizadores aos seus colonizados Africanos, surgiu um novo modelo de colonização moderna chamada de neocolonialismo no seio das antigas colónias. Este novo modelo de exploração surgiu na sequência de uma estratégia e nova manobra colonial, a fim de manter o controlo de África e dos seus recursos naturais nas mãos das antigas empresas, multinacionais e empresários que detinham a economia e poder financeiro na antiga colónia. O neocolonialismo de acordo com a sua etimologia descreve uma política imperialista específica para as antigas potências coloniais diante das suas antigas colónias. Este termo foi usado para descrever também certas operações económicas a nível internacional que teriam as similitudes com o colonialismo tradicional entre os séculos XVI e XIX. O continente Africano é possivelmente o mais rico dos 5 existentes devido á variedades dos minérios que podem ser extraídos do seu subsolo ou até mesmo do solo como seja o caso do algodão e café. As independências em Africa começaram nos anos 40 com a Etiópia também conhecida por Abissínia, Libéria e Eritreia, mais tarde Marrocos e Tunísia em 1956, Líbia em 1951, Somália 1960 e Gana. As potências europeias colonizadoras de Africa eram a Bélgica, França, Alemanha, Grã-Breta nha, Itália, Portugal, Espanha. A grande maioria destes países já tem mais de 50 anos de Independência, mas continuam incapazes de mostrarem capacidade para descobrirem, explorarem, transformarem, gerirem e comercializarem nos mercados internacionais as suas riquezas naturais. Estes países Africanos depois de tantos anos ainda não conseguiram libertar-se do jugo dos neo- colonialistas que hoje se apresentam vestidos de forma diferente mais atraente e solidária em relação aos africanos mas que na prática continua a ser paternalista. Esta forma encapotada de agir tem exactamente a mesma finalidade que levou estas potências para Africa, explorar o território e os africanos, só que agora o fazem com luvas de pelica e antes usavam luvas de boxe, o chicote e o porrete. A contínua falta de “Know-how dos africanos abre caminho para as multinacionais estrangeiras se instalarem nos seus países e lhes sugarem o filete e o tutano deixando-lhe os ossos para estes roerem ou as migalhas depois de terem expatriado os seus lucros astronómicos. Na hierarquia da cadeia alimentar da corrupção em primeiro lugar vêm os governantes, seus familiares e amigos, depois o poder militar que os mantém no governo e portanto não querem correr o risco de um golpe militar e finalmente concedem ao povo mais assimilado e evoluído classe média a possibilidade de se associar aos estrangeiros que no país queiram vir investir e montar negócios, desde que as elites depois de os analisarem em primeira mão decidam que não estão preparados para emprestarem p seus nome ou influência aos candidatos a investirem no país. O mundo sem preocupações humanitárias vai usando e roubando os africanos em todas as áreas onde estes são mais vulneráveis pela sua falta de conhecimento e tecnologia. Os africanos em geral já tiveram tempo de sobra depois das independências para se libertarem das dependências estrangeiras. Em boa verdade o ADN dos africanos a propensão para o trabalho ou aprenderem novas tarefas é muito pouca delegando maioritariamente nas mulheres essas tarefas menores. Ao homem compete-lhe fazer a guerra, caçar e cuidar do gado. Na sua génese tribalista, cultural, étnica e estrutura familiar existem certos factores que afectam as suas performances profissionais sendo o alcoolismo e índice de absentismo demasiado elevado. Os africanos salvo raras excepções são forçados a delegar nos estrangeiros os trabalhos de maior responsabilidade que exigem conhecimentos técnicos que eles não possuem. Algum do trabalho mais básico e elementar sujo e duro é feito pelos africanos e mesmo assim supervisionado pelos estrangeiros pois o seu coeficiente de negligência e erro é enorme. Os africanos preferem passar a maior parte do seu tempo útil nos botecos a beber cerveja do que a trabalhar, e foi por essa razão que os Ingleses em Africa ainda hoje pagam o ordenado semanal aos negros, para que estes voltem ao trabalho logo que tenham gasto todo o dinheiro. Africa lidera a lista dos maiores e mais sanguinários ditadores mundiais. No que respeita aos africanos temos Mugabe do Zimbabwe, Obiang Mabsogo da Guiné Equatorial, Yahya Jammeh da Gambia, Blaise Compaoré do Burkina Faso, Idi Amin do Uganda, Omar Hassan al-Bashir, Sudão, Bem Ali, Tunisia, Isayas Afewerki, Eritreia, Meles Zenawi, Etiópia, Idriss Déby, Chade. King Mswati III, Suazilândia, Hosni Mubarak, Egipto. Agostinho Neto foi outro títere que pode ser comparado a Idi Amin quando este expulsou milhares de asiáticos do Uganda. Em Angola Agostinho Neto fê-lo de uma forma indirecta usando o povo para esse fim, pois na altura não tinha poder legal para o fazer de outra forma. José Eduardo dos Santos tem vindo desde que assumiu o poder a permitir que os neocolonialistas subalternizem, humilhem, ameacem, asfixiem, estuprem e explorem o povo angolano tornando o comportamento destes mil vezes do que a dos colonos que se foram em 1975, e dos quais progressivamente alguns Angolanos já começaram a ter saudades. A terra Angolana está a ser vendida ou concessionada ás multinacionais as quais alimentam com subornos as elites angolanas enquanto o povo se alimenta de medo, miséria e pobreza. Uma sociedade minoritária e privilegiada “VIP! Angolana vive em Luanda na idade moderna, usufruindo de todos os prazeres, conforto e qualidade de vida que o dinheiro pode comprar, enquanto o resto do país vive ainda na idade da pedra lascada onde a esperança de vida dos adultos não chega aos 40 anos e das crianças aos 5. A grande maioria dos angolanos são privados do ensino, agua, luz, esgotos, emprego e saúde. O governo de José Eduardo dos Santos, não valoriza o angolano, não respeita a constituição por ele fabricada e comete violações contra os direitos do homem. Esbanja o bem público, familiariza os instrumentos de Estado e viola a legitimidade do povo angolano. 31-7-2014 •

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