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segunda-feira, 29 de setembro de 2014
ORGASMOS FILOSOFICOS
Torquato Tasso um escritor celebre do século XVIII uma vez disse: “É lamentável que todo o tempo que temos nas nossas vidas, não seja usado e dedicado somente ao amor”.
Subscrevo inteiramente este conceito, de que dar e receber amor é como se fosse um milagre da natureza. Na minha opinião, o amor é a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objecto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.
Já a paixão que eu considero estar num patamar acima do amor é algo de mais volátil e passageiro, é contudo uma patologia mais intensa derivada do amor. Usualmente quem é acometido de paixão perde a sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso, porque via de regra a pessoa perde a sua individualidade e capacidade de raciocínio. A Paixão é um sentimento exacerbado entre duas pessoas que pode ultrapassar todo o tipo de barreiras convencionais e que correspondida causa uma tremenda felicidade e satisfação ao apaixonado. Contudo os estados de alma imbuídos da paixão têm usualmente uma duração limitada no tempo, enquanto que o amor poder eternizar-se.
Só que esse afecto, dedicação, apego, adoração, veneração ou devoção pode ser demonstrado de muitas formas, quer pacíficas ou violentas. Podemos genericamente ter quatro tipos de amor: O carnal, o livre o platónico e finalmente o tântrico. No primeiro caso este tipo de amor é relacionado apenas com o físico, beleza e com a imagem exterior que projectamos. O amor livre é usualmente expresso numa ligação amorosa que rejeita o vínculo do casamento. O amor platónico, é revelado de uma forma estritamente espiritual sem desejo sexual. E finalmente temos o amor tântrico que é um ritual milenar de meditação transcendental que junta uma serie de práticas capaz de conduzir o homem e a mulher a desfrutarem do sexo através de toques e outras técnicas de um modo intenso e profundo facilitando a conexão emocional entre ambos. Vivi muitos anos dentro do círculo vicioso de união-separação, depois também, cheguei á conclusão de que cada pessoa tem a sua filosofia e técnica para desvendar e viver os mistérios, as contradições, as traições e as frustrações do amor. O amor não pode ser exigido ou comandado, ele brota naturalmente de dentro dos nossos corações, assim como as sementes germinam dentro da terra. O amor tem que nascer espontaneamente sem artifícios ou pressões, precisa de ser adubado, regado e acarinhado, pois de outra forma murcha e morre.
O amor é um acto de paixão, uma entrega total irrestrita mesmo que o seja feita de uma forma irracional. A conquista de qualquer coração tem que ser feita com demonstrações permanentes de confiança e provas de fidelidade para se poder assegurar ao parceiro tranquilidade e paz de espírito. Eu nasci como resultado de uma relação amorosa que durou uma vida. Não nasci por acidente ou por engano, a minha existência foi programada e a minha vinda ao mundo desejada. Não fui inseminado nas traseiras de um carro, num vão escuro de uma escada, numa praia solitária no final de uma noite de orgia, nem num quarto de hotel ou pensão rasca, alugada para o efeito de uma queca ocasional. A mim, foram-me dadas todas as oportunidades para crescer mais alto que as montanhas, o que me levaram a desenvolver um potencial de capacidades para enfrentar um mundo hostil e traiçoeiro. Por vezes os meus neurónios foram testados até aos limites ao ponto dos mesmos me pedirem alguma misericórdia e compaixão. Muito cedo na vida, fiquei entregue a mim próprio, por isso, tive que desenvolver prematuramente e equipar-me com técnicas de competência e experiência que me permitissem navegar pela vida com sucesso. Durante alguns anos fui implacável na realização dos meus objectivos querem pessoais quer profissionais, sem contemplar quaisquer tipos de deflexões, atalhos ou paragens na persecução dos meus objectivos.
Nesse periodo, nada nem ninguém teve o poder de me poder distrair, manipular, seduzir ou convencer de me fazer desviar da rota que previamente tinha estabelecido, para me alcandorar aos lugares onde as pessoas não são mais tratadas pelos seus apelidos formalmente, mas sim pelo nome próprio informalmente. Nessas posições, onde cuidadosamente temos a oportunidade e liberdade de estratificarmos as nossas filosofias, desde que tenhamos capacidade de liderança, e persuasão, bem depressa congregamos prosélitos, que tal como planetas começam a girar á nossa volta. Logo que os acolhemos no nosso círculo íntimo e lhes proporcionamos o calor, a luz, o conhecimento, experiência e a orientação, tornamo-nos como os seus “Messias”. A vida nunca nos contempla com situações repetidas. Cada dia é diferente tal como uma impressão digital, e mesmo que tentemos repetir alguns acontecimentos passados com pessoas diferentes, indo aos mesmos lugares, á mesma hora, nada poderá ser copiado, revivido ou duplicado. Na minha modesta opinião, é melhor não voltarmos a conspurcar certos lugares onde já fomos felizes com outras pessoas. Já fui um homem de amores e paixões, um homem para todas as estações do ano, sem restrições, limites ou tabus.
Mas hoje em dia, quer a vida quer a idade, começam a impor-nos certas restrições de vária natureza, que temos seriamente de equacionar antes de nos movimentarmos no xadrês da vida. Temos que começar a fazer uma gestão muito criteriosa das nossas energias e disponibilidades a fim de não cairmos na tentação ridícula de querer competir com escalões etários que já estão fora do nosso alcance. É preciso saber-se envelhecer com graciosidade e dignidade. Eu já nada tenho a provar a mim mesmo, e muito menos a terceiros, portanto vivo tranquilo e feliz por não ter defraudado as expectativas dos meus progenitores.
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