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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
A ECONOMIA DE ANGOLA
A economia de Angola foi bastante afectada pela longa duração de quase 30 anos por uma guerra civil que a colocou entre os países mais pobres do mundo juntamente com a Guiné Bissau. Com o fim da guerra civil e os preços do crude a subir em flecha para perto dos 100 U$ dólares por barril, Angola rapidamente começou a apresentar boas taxas de crescimento apoiada nas suas exportações de petróleo cujas jazidas estão localizadas ao longo de toda a sua faixa marítima.
Na agricultura, até 1975, Angola tinha no café um dos seus grandes pilares das exportações. Muitas fortunas se fizeram com o ouro negro e muitos prédios se construíram na marginal com o dinheiro ganho pelos roceiros na exportação do café. Hoje em dia a tonelagem do café colhido é basicamente insignificantes em relação ao que se produzia até 1975. Angola ainda produz cana-de-açúcar, algodão sisal, tabaco, milho óleo de coco, amendoim, banana, borracha e madeiras.
No que respeita á mineração Angola é rica em diamantes, petróleo e minério de ferro, possui igualmente jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, feldspato, bauxita, chumbo, estanho, ouro prata e platina e recentemente depósitos de urânio junto á fronteira com a Namíbia.
Obviamente que com uma paleta tão variada de cores e sabores a comunidade internacional não podia ficar indiferente em cair nas boas graças do Governo Angolano, para obterem os favores em contractos de exploração e mineração por longos anos destas riquezas, uma vez que os angolanos não dispõem da técnica ou maquinaria adequada para extraírem do subsolo estes ricos minérios.
De acordo com as estatísticas a economia de Angola continua a assentar em cerca de 80% nas receitas do petróleo e diamantes. Assim como o Orçamento Geral do Estado depende essencialmente das verbas produzidas pela venda do petróleo para a Republica Popular da China 36.3%, EUA 18,5%, Taiwan 8%, Canada 6,9%, India 10,6%
Actualmente os 10 maiores produtores de petróleo do mundo são: Rússia, Estados Unidos da América, Arabia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait, Emiratos Árabes Unidos, Venezuela, México e Inglaterra. Angola e a Nigéria nem sequer se qualificam para entrarem nesta lista. Os preços do petróleo tem vindo a descer desde já há algum tempo o que obviamente afecta económica e profundamente os países produtores, caso estejam 100% dependentes desta “monocultura”, não diversificando ou investindo o dinheiro do petróleo em outras áreas que possam sustentar e complementar a criação de meios que possam gerar riqueza.
Descoberto nos Estados Unidos da América no ano de 1859, este líquido negro, composto por uma combinação complexa de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, tornou-se ao longo do século passado a principal fonte energética mundial.
Além de gerar a gasolina, principal combustível para grande parte dos automóveis circulantes no mundo, vários outros produtos são derivados do petróleo, tais como: parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo, diesel e combustível de aviação.
Por se tratar de uma matéria-prima de origem não renovável e de elevado valor económico, o petróleo tornou-se um elemento causador de grandes mudanças geopolíticas e socioeconómicas em todo o mundo. A existência da principal fonte de energia global em seus domínios territoriais é sinónimo de riqueza e poder para qualquer nação.
O petróleo e seus derivados são negociados mundialmente, nas principais Bolsas de Mercadorias que negoceiam contractos de petróleo e seus derivados são a Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (NYMEX), a Bolsa Intercontinental (ICE) e a Bolsa de Mercadorias de Tóquio (TOCOM). Os principais contractos negociados no mercado mundial de petróleo referem-se ao petróleo do tipo Brent, ao petróleo do tipo WTI (West Texas Intermediate) e, em menor escala, ao petróleo do tipo Dubai.
O preço do crude em 2002 estava a 25 dólares, em 2005 já tinha subido para mais de 60 dólares e em Setembro de 2007 já tinha atingido os 80 dólares. Nesta altura o petróleo caiu abaixo dos 60 dólares por barril, menos 40% do que o preço que era vendido no mercado há poucos meses atrás.
Infelizmente tal como um cartomante a ler na bola de cristal, antecipo para o meu país tempos difíceis que se avizinham a passos largos. Angola não tem culpa da quadrilha de gatunos pertencentes a um movimento terrorista com a sigla de MPLA, que em 1975 com a cumplicidade dos representantes políticos portugueses na altura se apoderou unilateralmente do país.
A minha grande alegria será ver toda essa corja de salafrários pertencente às elites governamentais que mercê das posições que ocupam por nepotismo presidencial se aproveitam para enriquecer desonestamente á custa das empresas estrangeiras a que se associam ou dos favores e concessões de privilégio que permitem a estes capitalistas operar no país. Qualquer investidor que escolha Angola como país para trabalhar certamente que levará um porco, mas as suas expectativas são as de expatriar em lucros e se possível no mesmo ano uma vara de porcos. Toda esta cambada de malfeitores sejam eles autóctones angolanos ou empresários estrangeiros, terão de passar a roubar muito menos a partir de agora ou então Angola terá que se endividar muito mais nos mercados financeiros internacionais. Aguardo com alguma expectativa para ver o Governo Angolano de rastos e a perder toda a sua arrogância se o valor dos diamantes, ferro e todos os outros minerais também desvalorizarem devido á oferta exceder a procura. Se estes eventos se encadearem uns nos outros e o país entrar em recessão económica não tardará em ver as companhias de construção civil tais como: Mota-Engil, Teixeira Duarte, Soares da Costa, Somague, Edifer, para as Brasileiras Odebrecht Camargo Corrêa, Genea Angola, Queiróz Galvão, Andrade Gutierrez, ou a Angolana, Grupo Opala, com o projecto Casa Feliz, e mais algumas chinesas a fecharem as portas por falta de trabalho ou de incumprimento no que respeita a pagamentos pelo governo. A gravidade desta situação implicará que a grande maioria dos novos colonos que para lá emigraram regressem a Portugal devido à grande maioria das empresas estrangeiras fecharem as portas por falta de contractos governamentais e como consequência a não renovação dos que mantinham com os técnicos estrangeiros. Espero ainda em vida ver o Governo de Angola de joelhos, bem como todos aqueles que o defendem, pois as cobras não mordem as mãos que as alimentam. Os angolanos parecem arrotar postas de pescada quando falam de Portugal, enchem-se de uma jactância discursiva desrespeitosa, ridicularizando as nossas dificuldades financeiras e com alguma sobranceria dizem empregar muitos portugueses que se por aqui ficassem morreriam de fome. Só espero que os angolanos e o seu governo não tenham apostado nos cavalos errados para vencerem as várias corridas que precisam ganhar no desenvolvimento do país que cada dia que passa vão governando com maior dificuldade, mais repressão e com menos dinheiro.
16-12-2014
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