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domingo, 22 de fevereiro de 2015
INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA
Nestes dois últimos dias apercebi-me que a terra onde nasci mas para com a qual não nutro nenhum sentimento de pertença simpatia, afinidade ou saudade, devido ao regime politico lá implantado que a vem governando e roubando despótica e selvaticamente desde 1975, acaba de celebrar 39 anos de independência em 11 de Novembro de 2014.
Este território que acolheu e viu nascer tantos portugueses, não tem culpa nenhuma daqueles que a governam e lhe dão mau nome, pois não pode escolher nem recusar os bandidos e corruptos que lhe vão sugando aquilo que a terra ou o mar tão prodigamente deixa brotar das suas entranhas.
Quando os colonos lá viviam os líderes nacionalistas dos movimentos de libertação diziam propagandisticamente que os colonos estrangeiros andavam a roubar, sugar e explorar os angolanos, mas quando se mudam os tempos e as vontades constatamos que agora são angolanos a roubar e explorar angolanos à vista desarmada e em plena luz do dia, mas apesar disso, todos parecem viver felizes e contentes.
Ontem 11 de Novembro dei por mim a constatar o facto de que muita gente no Facebook se regozijava a comemorar a merecida independência de Angola, mas a qual ficou indelevelmente manchada para sempre pela forma sanguinolenta de como foi obtida, numa luta fratricida que colocou angolanos contra angolanos numa guerra civil que durou anos sem fim.
Para mim pessoalmente são celebrações tristes que tiveram o condão de me reavivar a memória como se de um filme se tratasse, mas cuja projecção ficou congelada no ano de 1975. Como não sinto qualquer alegria ou partilho do sentimento independentista de como essa autonomia foi feita e obtida, apenas me resta endereçar as minha mais sinceras e sentidas condolências a todos os cidadãos angolanos da UNITA e FNLA que se viram afastados pela força das armas de participar nesse dia num território retalhado que deveria ter sido especialmente feliz para a grande maioria dos angolanos quando passaram a ter um país, uma bandeira e um hino, mas infelizmente com um governo que não era representativo da totalidade da nação angolana.
Angola, segundo reza a Wilkipédia fica situada no continente africano nas coordenadas 11º 54’ S e 17º 52’ E, comemorou 39 anos de uma independência unilateral concedida pelo Governo Português da altura, cujo seu ideário político afinava pelo mesmo diapasão do MPLA.
O Governo Português do Continente bem como o exército Português estacionado em Angola não só fizeram vista grossa à barbárie cometida pelo MPLA em Luanda como não acautelaram ou protegeram as vidas e segurança dos nacionais portugueses durante esse período conturbado da guerra citadina entre os 3 movimentos de libertação. A forma como o Governo Português em conivência com o MPLA cozinhou a independência, retirou ao povo angolano o direito de se expressar democraticamente nas urnas até 1992.
O Russo Andrey Tokarev, foi um dos primeiros Russos a chegarem a Angola inseridos num Grupo de Conselheiros militares em 16 de Novembro de 1974 como membro da SAF do coronel V Trofimenko. As primeiras tropas Russas e Cubanas começaram a chegar a Angola no inicio de 1975 por Porto Amboim, ainda durante a administração Portuguesa que desse facto tinha conhecimento. Foi com a ajuda destes dois países que os angolanos conseguiram deter e eliminar a ofensiva da FNLA ás portas de Luanda comandadas por Santos e Castro e alguns mercenários. Mais tarde também a UNITA depois de expulsa de Luanda foi empurrando para a zona do planalto central e Jamba onde esta se entrincheirou e acantonou opondo uma tenaz resistência ao MPLA durante vários anos até à morte de Jonas Savimbi em 2002.
O governo Português da altura em Portugal sempre favoreceu os comunistas do MPLA em detrimento da UNITA e FNLA. Agostinho Neto e os seus guerrilheiros foram privilegiados, armados e municiados por Rosa Coutinho depois de terem sido escolhidos como parceiros estratégicos pelo governo que politicamente exercia funções em Portugal nos finais de 1975 o qual era liderado por Vasco Gonçalves.
Obviamente que com a ajuda dos governantes portugueses em Lisboa e Luanda foi fácil para o MPLA expulsar da capital os outros dois movimentos de libertação que faziam parte do Governo de transição constituído pelas três facções terroristas. Quando chegou o 11 de Novembro de 1975 o MPLA já reinava sozinho em Luanda e portanto recebeu de mão beijada do Alto-Comissário Português Almirante Leonel Cardoso o território de angola que foi entregue ao povo angolano e não a nenhum movimento de libertação específico. Nesse mesmo dia Holden Roberto da FNLA declarava a independência de Angola no Ambriz e Jonas Savimbi fez o mesmo em Nova Lisboa, dando-se inicio á guerra civil em Angola.
12-11-2014
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