O blog Mentes Iluminadas é uma contribuição livre para quem desejar partilhar pensamentos de uma forma inteligente e bem estruturada que facilite a compreensão a todos aqueles que se interessam por temas controversos tais como: Aborto, Eugenismo, Eutanasia, Pena de Morte, Nacionalismo, Xenofobia, Racismo, Religião, Politica etc. Serve também para quem desejar manifestar a sua livre opinião sobre os textos, que aqui tenha uma tribuna para poder fazer os seus comentários.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
O MEU ADN
O ter nascido em Angola resultou daquilo que eu chamo um acidente de percurso, mas o qual infelizmente ficou registado na minha certidão de nascimento o que lamento profundamente. Pessoalmente, não me regozijo nem tenho nenhum orgulho em ter visto a luz do dia num país de racistas, terroristas, criminosos, bandidos e ladrões. A vergonha e o embaraço que sinto de possuir essa nódoa da minha naturalidade no meu passaporte e bilhete de identidade é como um cordão umbilical que infelizmente jamais poderá ser cortado e de um peso morto que tenho de carregar e que em nada me prestigia. Nasci ateu e meus pais que não eram religiosos tiveram o bom senso de não me baptizar deixando essa decisão comigo para quando eu tivesse idade, discernimento de não me levar ao matadouro para ser marcado na carne a fogo como fazem ao gado nas propriedades com ferros próprios para que o dono fique identificado.
O ter nascido e vivido 32 anos em Angola não me tornou angolano, gosto do país mas não de quem o governa, para além disso não nutro nenhuma simpatia em particular pelos negros angolanos, muito embora esse sentimento nada tenha a ver com a cor da epiderme, mas sim com carácter e atitude. Tenho consciência absoluta de que se Angola tivesse caído das mãos da UNITA ou FNLA o resultado teria sido exactamente o mesmo em relação ao destino dos colonos Portugueses. Tenho a felicidade de conseguir manter em relação a Angola um distanciamento saudável onde já não existe qualquer sentimento de proximidade, saudade, nostalgia, ódio, raiva, ressentimento, preocupação, absolvição, justificação ou condenação. O meu relacionamento com Angola, é o mesmo que tenho em relação ás ilha de Fidji ou Samoa, ignorando tudo o por lá se passa. Se em Angola o Governo fuzila ou prende os seus incomodativos cidadãos especialmente jornalistas sem culpa formada ou dissidentes políticos, confesso que esse facto não me aquece nem arrefece e muito menos me preocupa a amnistia internacional que intervenha. Se o petróleo baixou para metade do seu valor e está a colocar o Governo Angolano de tanga, acho que ainda deveria descer mais, para os colocar a estender a mão á caridade. Se por lá alguém morre devido ao ébola, febre-amarela, cólera ou raiva ou HIV, para mim é como chover no molhado, para além de me deixar totalmente indiferente, nada tenho a ver com o que se passa em países estrangeiros e Angola seria o último no mundo com quem me preocuparia A forma como politicamente Angola é governada, quem beneficia de certos compadrios, para onde vai parar o dinheiro da corrupção, como é lavado ou investido, não são contas do meu rosário. Também não tenho que me preocupar com o que falta ou sobra ao povo angolano, se a expectativa de vida é de 10 ou 100 anos, se vivem com a barriga cheia ou vazia, se são doentes ou saudáveis, se quando morrem são enterrados num cemitério ou numa vala comum no meio do mato. A nós Portugueses não nos diz respeito nem deve interessar se uma elite angolana minoritária e arrogante vive afogada em milhões enquanto a grande maioria dos angolanos se esfalfa a labutar para ganhar uns tostões e continuar a ter uma vida indigna e nos limites da sobrevivência.
Vamos ser muito claros sobre este assunto para que não existam dúvidas em relação às minhas lealdades, sobre qual a bandeira que me cobre e sobre a trincheira que defendo. Nada tenho a ver com o que se passa em Angola, dela não tenho saudades pois não sofro de sentimentos saudosistas. O que se acontece nesse país estrangeiro apenas diz respeito aos seus autóctones, se gostam ou não da forma como têm sido sadisticamente explorados, cerceados, reprimidos e amordaçados dos seus direitos e liberdades democráticas, por um grupo de facínoras que se vai locupletando com as riquezas que o país produz.
As minhas críticas e posicionamento em relação a Angola são sobejamente conhecidas. Mantenho de forma consistente que os negros angolanos no período entre 1961 e 1975 foram racistas ladrões, criminosos e assassinos que me forçaram conjuntamente com mais 500 mil portugueses a abandonar o território para se apropriaram dos nossos valores e que ilegitimamente sem eleições tomaram de assalto o poder e governo de Angola com a conivência e patrocínio do exército e Governo Português. Quando recuo no tempo, para escrever estas palavras, sinto-me nauseado e com vontade de vomitar.
Só quem não se sente, não é filho de boa gente, e só quem não tem vergonha na cara pode ainda conceber se lhe fosse dado uma oportunidade voltar para uma Republica das Bananas, e a pactuar com aqueles que nos violentaram, expulsaram e espoliaram dos nossos bens. Confesso que me surpreende como existem tantas páginas na internet que congregam milhares de retornados, exilados, expulsos e espoliados portugueses e angolanos, que passados todos estes anos ainda sofrem e choram baba e ranho de todo o tamanho por uma terra que continua a ser gerida por um bando de corruptos inchados que nem bácoros pela boa vida que levam. Esta geração de políticos angolanos e os seus apaniguados mais próximos apenas destilam ódios antigos, recalcamento e complexos de inferioridade, convicções racistas e arrogantes das quais fazem gaudio em demonstrar de forma boçal e desbragada. Angola está no seu pleno direito de não privilegiar um relacionamento institucional com Portugal de acordo com palavras recentes do seu presidente. José Eduardo dos Santos arrota postas de pescada como se fosse o rei da macacada devido ao seu poderio económico, e nós portugueses seus vassalos. Contudo os novos-ricos Angolanas, não vão investir na China, Rússia ou Cuba ou fazer compras nas capitais desses países, mas sim nas lojas da Av. Da Liberdade em Lisboa. O Governo Português deveria retaliar proibindo e nacionalizando todos os bens imobiliários, empresariais e congelar depósitos bancários de todos os angolanos de nacionalidade angolana residentes em Angola, como retaliação sobre o que fizeram aos colonos Portugueses em 1975 quando se viram obrigados a abandonar território. Existe um contencioso pendente e contas a ajustar e dívidas a ressarcir de bens pertencentes aos que lá foram deixados pelos colonos depois de vidas de trabalho honesto e suado.
20-2-2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário