quinta-feira, 19 de março de 2015

O MUNDO

É lamentável que todos os tratados que se acordaram entre os povos, todos os livros sagrados que se escreveram, todas as constituições que regem os países do mundo, todos aqueles que se imolaram pelo fogo, todos aqueles que passaram vidas afazer o bem e a lutar por um mundo mais solidário, fraterno e igualitário, todos os discursos que se fizeram e fazem, todas as organizações como Nações Unidas, Organizações não Governamentais que não tenham conseguido apaziguar o ódio entre os povos deste mundo e mesmo entre cidadãos com as mesmas nacionalidades, que lutam quer por razões religiosas, politicas ou étnicas. O mundo vai mal, e não parece haver uma cura para que as formas comportamentais dos indivíduos se alterem, nem com execuções em massa, limpezas étnicas ou guerras intermináveis, que vão deixando pelo caminho, milhares de milhões de corpos que o seu único pecado foi terem nascido sobre o signo da cor, religião ou sistema politico errado. Não é mister de ninguém tentar individualmente endireitar o mundo ou mesmo resolver problemas localizados em zonas geográficas do globo onde os seus autóctones se digladiam pelo poder e supremacia e opressão para fins inconfessáveis. O mundo encontra-se distorcido, desequilibrado pela falta de uma mentalidade global Universalista que congregue todos os povos deste mundo a trabalharem para um fim comum, onde não exista, hipocrisia, ambição, cinismo, deslealdade, traição da imposição das maiorias sobre minorias quer étnicas, religiosas, ou politicas, devido a interpretações diferentes dos livros sagrados, das ideologias politicas ou de seres humanos que se consideram superiores a outros, por razões de linhagem, castas, culturas ou passados históricos que lhes possam conceder privilégios inalienáveis em relação aos seus congéneres. Muitos tiveram pensamentos de grande envergadura como homens simples desprovidos de interesses materiais que se tornaram, Santos, Profetas, Papas ou Deuses, outros tiveram o poder militar para o fazer eram Reis, Imperadores, Marajás, Presidentes e todos falharam nessa missão, perante o facto de que é completamente impossível manter todos os povos do mundo debaixo da mesma bandeira, hino, linguagem ou obediência quer ao mesmo Deus ou ao partido que governa a nação. Ao longo da história do mundo muitos o tentaram fazer, conquistando grande parte dele quer em missões de Fé pelo cristianismo, Islamismo, Politeísmo ou Paganismo, quer por razões bélicas expansionistas e colonialistas, contudo quer de uma forma ou outra todos falharam redondamente nos seus objectivos. Muitas destas personalidades que tentaram colonizar o mundo uns por razões altruísticas outros por ambição pessoal, acabaram por desistir pela enormidade da tarefa, ou foram derrotados nos seus intentos pelos povos que tentaram dominar quer pela força ou pelo dom da palavra ou mesmo da fé. Alguns nomes ficaram para a história e são lembrados, recordados pela nobreza das suas intenções ou odiados pelas atrocidades que cometeram. Mas em qualquer dos casos todos eles não passaram de visionários na pretensa ideia de que a submissão desses povos seria fácil, pois a fé não se vende, o coração não se compra e a mente não se controla. Se esta tarefa não foi conseguida enquanto grande parte do mundo ainda vivia na obscuridade e no primitivismo, enquanto os Europeus já levavam quase 500 anos de vantagem tecnológica em relação ao resto do mundo, não vai se agora que isso vai acontecer quando essas desigualdades foram grandemente atenuadas. As novas gerações perderam qualidades, nascem pálidas, nervosas, agitadas, histéricas, tentam implantar o caos anárquico em reivindicações estéreis e inconsequentes. Lutam por valores e privilégios agitando bandeiras da desordem e desobediência, exigindo mas não dando nada em troca, que não seja as de tentarem destruir os pilares das sociedades e das democracias ocidentais. Um dos populares slogans americanos do tempo da segunda guerra mundial dizia “Não perguntem o que o país pode fazer por vocês, mas sim o que vocês podem fazer pelo País”. Portugal está em guerra com os usurários financeiros internacionais, portanto é tempo de os Portugueses se unirem e fazem algo pelo seu país produzindo mais, ser menos dependentes do estado social, exportarem mais e consumirem menos produtos estrangeiros. Existem falta de mecanismos legais de lei e ordem, que permitam aos governos punir de forma drástica e radical todos aqueles que sabotarem ou infringirem as regras de uma convivência pacífica e harmónica, mesmo que essas medidas venham a chocar os cidadãos mais conservadores. Porque não trazer a pena de morte de volta ou mesmo as execuções públicas? Não penso que seria uma medida que nos envergonhasse ou chocasse por implementar-mos metodos da era medieval. A China ainda hoje o faz sem qualquer relutância ou pudor, e em certos países árabes é permitido cortarem-se as mãos aos ladrões como no Yeman. Muito embora as associações que defendem a Declaração Universal dos Direitos do Homem proclamada na ONU em 1948, denunciem estas punições como bárbaras e desumanas, não se preocupam muito com as 6 mil excisões que são praticadas diariamente ás mulheres em grande parte do mundo castrando-as da sua sexualidade. Portanto a pena de morte como forma de castigo para os bandidos, criminosos e corruptos até me parece aceitável como meio dissuasor. O mundo encontra-se dividido e fracturado nas suas bases ideológicas e religiosas, que não são fáceis de unir o Oriente ao Ocidente, portanto uma hegemonia de valores estará sempre fora de questão, pois são inconciliáveis. Esse aspecto gera um mau estar permanente e belicoso de acusações recíprocas entre os dois hemisférios que diariamente se vão agravando. Alguns países arrogam-se ao direito de se tornarem os polícias do mundo interferindo de forma directa ou indirecta nos problemas internos de outras nações quer em ingerências militares, diplomáticas ou fazendo recurso de organizações tipo NATO, para as fazerem de uma forma encapotada quando não se querem expor directamente de uma forma visível. O mundo está a atravessar um período de grandes convulsões politicas e sociais, os governos não têm meios legais para poderem implementar politicas de ordem, método e disciplina aos seus habitantes, que os façam pensar duas vezes antes de cometerem actos ilícitos ou o de causarem danos físicos aos seus concidadãos. Por isso de certo modo defendo formas de governo autoritários, até que os cidadãos entendam e percebam de que não existirá impunidade para os criminalizar, pois de outra forma é extremamente difícil em obter consensos na forma de resolver esta bandalheira. Quando o spectrum político-partidário afina por diferentes diapasões de ordem jurídica e de como a mesma deve ser aplicada, tudo se torna mais complicado pois as sensibilidades divergem quanto á severidade das leis e dos castigos a aplicar. Hoje na grande maioria dos países europeus as leis permitem aos criminosos uma latitude de impunidade enorme que lhes permite exercer as suas actividades ilícitas, e quando apanhados e condenados conseguem sair dos tribunais com penas menores ou mesmo suspensas por períodos curtos. Os índices de criminalidade aumentam diariamente, devido a vários factores e um deles são a da emigração ilegal, essa escumalha sem eira nem beira sem qualquer tipo de qualificações profissionais que como sanguessugas entram pelos nossos países dentro apenas com a finalidade de roubarem, pedincharem sem a mínima intenção de se integrarem nas nossas sociedades. Depois lá vêm a correr as organizações locais pressurosamente em sua defesa, clamando que são marginalizados e perseguidos devido á cor da pele, ou pela sua etnia cigana. Todos poderíamos viver num mundo melhor, mais seguro e com menos fracturas sociais desde que cada um se consciencializasse do seu papel a desempenhar na sociedade e no mundo, respeitando as leis, e não procurando nelas buracos jurídicos que lhes permitam contornar, ou adiar julgamentos “Sine Dei” pelo período de anos. O crime tem que ser combatido com força, determinação e violência, pois não se caçam pulgas com luvas de box, camurça ou pelica, nem se matam elefantes ou rinos com armas de pressão de ar. Poderei pela minha forma de pensar ser conotado com algum radicalismo de direita que integram politicas xenófobas ou nacionalistas, mas se for esse o caso não nego essas afinidades ideológicas, particularmente no caso da emigração e justiça, pois esta última deveria ser cega para todos os cidadãos o que infelizmente não acontece quando se trata de pessoas socialmente proeminentes ou de grande capacidade financeira. O mundo está enfermo, e padece de uma doença terminal para a qual não vejo nenhuma solução. Os países do G8 considerados os mais industrializados do mundo, diversificaram as suas operações por países do terceiro mundo com fracas economias e altamente endividados. A Globalização ainda mais acentuou a diferença entre os povos mais ricos e pobres, devido á exploração laboral e de outras riquezas minerais pelos países tecnologicamente mais bem apetrechados, os quais inevitavelmente acabam por subjugar aqueles que mais necessitam de investimentos estrangeiro, para atenuar o empobrecimento progressivo dos seus cidadãos. As grandes multinacionais estrangeiras que estão sempre em estado de alerta por oportunidades de expandirem os seus negócios, aproveitam-se da fragilidades destas economias débeis e sugam-nas até á medula como abutres ou vampiros com a única finalidade na obtenção da expatriação dos lucros fabulosos auferidos quando transferem tecnologia e “know-how”, para esse países terceiro mundistas. E assim vai girando o mundo, com guerras, revoluções, golpes de estado, governos democráticos que caem e outros que se formam quer dentro dos prazos legais quer por razões pontuais extraordinárias, com partidos políticos legalmente constituídos ou de partido único e ditatoriais. Novas e estranhas doenças aparecem todos os dias, terramotos, tsunamis, vulcões e furacões são cada vez são mais frequentes matando e arrasando comunidades inteiras, num mundo onde os 6.5 mil milhões de habitantes professam várias religiões que assim se encontram distribuídas pelo planeta terra. 1º. Cristianismo – 2.106.962.000 de adeptos ( obviamente que sobre o guarda-sol do cristianismo se encontram albergadas muitas outras religiões que divergem em vários aspectos biblicos e na sua interpretação. 2º. Islamismo – 1.283.424.000 3º. Hinduísmo – 851.291.000 4º. Religiões chinesas – 402.065.000 5º. Budismo – 375.440.000 6º. Skihismo – 24.989.000 7º. Judaísmo – 14.990.000 8º. Espiritismo – 12.882.000 9º. Fé Bahá’í – 7.496.000 10º. Confucionismo – 6.447.000 A paz no mundo nunca será possível enquanto existirem milhares de motivos, crenças e ideologias que de uma forma exacerbada são levadas ás últimas consequências, pelos Gurús da verdade única, dos predestinados, dos eleitos, dos iluminados dos visionários que pensam e acreditam que foram enviados á terra para impor uma Nova Ordem, e que a todos os meios recorrem para levar a efeito o seus sonhos e visões megalomanas, usando para isso os seus proselitos e sectários que cegamente estão prontos para morrer pelas causas que o fanatismo dos seus líderes os leva a cometer com lavagens ao cerebro e promessas que os seus deuses os receberão de braços abertos no paraiso. 20-4-2011

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