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sábado, 18 de abril de 2015
DEUSES E RELIGIÕES II
As pessoas podem nascer ricas ou pobres, em berços de ouro ou em alcofas de palha. Podem também nascer como réis, príncipes, imperadores ou ditadores vitalícios. Podem igualmente vir ao mundo nado mortos, por partos naturais ou de cesariana, com coeficientes de inteligência elevados, ou de pura imbecilidade, com deficiências mentais ou fisicamente estreitos e escorreitos. Podem nascer em várias regiões do mundo de várias cores, pesos ou tamanhos. Mas ninguém nasce religioso, engenheiro, médico, advogado, comunista, benfiquista, carnívoro, ou vegetariano. Há uma verdade que é indesmentível que é a de que todos nascermos ateus. No caso especifico das religiões, estas são basicamente herdadas dos nossos progenitores de uma forma paternalista, coerciva, seguidista, irracional e doentia. Noutros casos a politica e religião misturam-se de tal forma onde certas normas religiosas se tornam lei e são patrocinadas pelos governos teocratas, particularmente nos países de origem islâmica. A liberdade individual e o livre arbítrio deveriam ser concedidos a todas as pessoas para decidirem as suas próprias opções sem serem forçados ou influenciados por terceiros sejam eles pais, educadores formadores ou por imposição governativa. Nos países e forte implantação católica os pais usualmente baptizam os filhos pouco tempo depois de estes nascerem, não sei porque não os inscrevem também no seu partido politico e clube de futebol, quanto a este último penso que já o fazem, pois procedendo desta maneira de uma cajadada matavam 3 coelhos de uma só vez. Na minha modesta opinião os Governos deveriam impedir estes abusos e violentações sobre os adolescentes até que estes atingissem a maioridade e em consciência tomassem essas decisões pessoalmente.
Quando fazemos escolhas na vida, ou nos juntamos a organizações ou até grupos específicos na Internet, todos eles têm propostas de pedido de adesão que temos de preencher e que implicam o cumprimento de normas e regras impondo limitações, deveres e obrigações. Se escolho uma profissão e não um emprego temporário, é porque gosto ou sinto ter uma tendência natural para a desempenhar. Se esse ofício me fascina e atraí por qualquer razão, compete-me investigar e descobrir o motivo dessa atracção. Esse mesmo princípio da liberdade individual deveria ser adoptado a todas as escolhas que as pessoas venham a fazer na vida, sejam elas de que teores forem, mesmo que sejam contrárias aos desejos paternais ou às tendências religiosas do seu país. As pessoas deveriam ler, estudar, aprofundar os seus conhecimentos generalistas religiosos a fim de poderem inteligentemente questionar os sabichões e donos da verdade única sobre aquilo que lhes tentam impingir. Existe uma máxima que diz: “CONHECIMENTO É PODER” na qual eu piamente acredito. O nosso bom senso deve imperar em última analise e como progenitores ou encarregados de educação essa função implica manter que os nossos filhos ou educandos não sejam molestados por catequistas pedófilos, sejam de que religiões forem. Esses abusos normalmente acontecem quando os nossos filhos são expostos a um convívio exagerado com a igreja, padres ou seminaristas e se tornam acólitos para ajudarem às eucaristias, ou em organizações juvenis como os escuteiros. Às crianças deveria ser-lhes ministrado nas escolas as duas teorias ou filosofias uma assente em bases teológicas a Criacionista e outra resultante de estudos científicos a Evolucionista, que existem sobre a criação do mundo sem impor ou forçar as crianças a optar por qualquer delas, ou fazer referência ao nome de qualquer lhes o religião.
A Máfia católica é um polvo nefasto com tentáculos em todo o lado tal como a Maçonaria, que deveria ser afastado das crianças, até que estas por opção pessoal quando fossem maiores, decidissem aproximar-se de qualquer religião quer por necessidade de chamamento interior ou de convicção pessoal, mas nunca por obrigatoriedade familiar ou escolar enquanto jovens. Portugal aparenta ser um estado Laico mas em boa verdade não o é. Um Estado laico ou Secular é um conceito do secularismo onde o Estado é oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. Estado teocrático ou teocracia é o contrário de um estado secular, ou seja, é um estado onde há uma única religião oficial (como é o caso do Vaticano e do Irão., Arábia Saudita, Yemen, Marrocos, Líbia etc. O Estado secular deve garantir e proteger a liberdade religiosa e filosófica de cada cidadão, evitando que alguma religião exerça controle sobre outra qualquer ou interfira em questões políticas. Difere-se do estado ateu - como era a extinta URSS – onde o estado se opunha a qualquer prática de natureza religiosa.
Entretanto, apesar de não ser um Estado ateu, o Estado Laico deve respeitar também o direito à descrença religiosa. Para que as pessoas entendam o que se passou entre Portugal e o Vaticano em relação á concordata aqui deixo alguns dados históricos.
Após a instauração da Primeira República Portuguesa, em 1910, as relações entre a Igreja católica e Portugal rapidamente se deterioraram, ao ponto de a Santa Sé cortar as suas relações diplomáticas com Portugal.
Em 1911, os dirigentes republicanos de Portugal adoptaram uma série de medidas anticlericais, como por exemplo a Lei da Separação do Estado da Igreja, de 20 de Abril, a proibição do culto público e a nacionalização dos bens da Igreja.
Com a queda da Primeira República, em 1926, a maioria destas medidas foram postas fora de uso. No dia 6 de Julho de 1928, os dirigentes da Ditadura Militar decretaram a reposição da paz entre o Estado e a Igreja Católica.
Mas, mesmo assim, as relações entre Portugal e a Santa Sé ainda não tinham sido oficialmente definidas, suscitando-se ainda questões relacionadas com a lei da separação de 1911 e de algumas medidas anticlericais.
Com a subida de Salazar ao poder e a implantação do Estado Novo, começou um processo negocial tendo em vista a criação de um sistema bem definido e estável das relações Estado-Igreja. Este processo culminou com a assinatura de uma Concordata entre Portugal e a Santa Sé, no dia 7 de Maio de 1940, que viria oficializar as relações entre as duas partes.
Este tratado bilateral atribui um conjunto significativo de privilégios e benefícios para a Igreja Católica, a religião tradicional de Portugal.
Embora a Constituição portuguesa de 1933 consagrasse o princípio da liberdade de culto e de religião, afirmava que a Igreja Católica era a religião da Nação portuguesa, por isso só ela que tinha o direito de ensinar nas escolas públicas, a isenções fiscais e a definir o seu próprio sistema de organização
Porém, no passar dos anos, ocorreram uma série de acontecimentos que conduziram à revisão inevitável desta concordata considerada por muitos como obsoleta pelo facto de alguns dos seus artigos serem considerados incompatíveis com a actual Constituição portuguesa de carácter democrático. Tenha-se especialmente em consideração o Concílio Vaticano II, as transformações a nível social, cultural, político e económico da sociedade portuguesa devidas sobretudo à instauração da democracia em Portugal (em 1974), a adesão do País à União Europeia e a promulgação da nova Lei da Liberdade Religiosa, em 26 de Abril de 2001, que veio salientar o princípio constitucional de igualdade de direitos entre todas as confissões religiosas e da liberdade religiosa para todos os cidadãos.
Após vários anos de negociação, a Concordata de 1940 foi substituída pela Concordata de 2004.
Para os pouco entendidos em Religiões e que achem que se devem educar, aqui deixo algumas indicações que penso serem interessantes.
.Teísmo é uma crença na existência de deuses, seja um ou mais de um, no caso de mais de um, pode existir um supremo. Teísmo não é religião, pois não se trata de um sistema de costumes, rituais e não possui sacerdotes ou uma instituição. Teísmo é apenas o nome para classificar a opinião segundo a qual existe ou existem deuses. Algumas religiões são teístas, outras são deístas, panteístas, etc. Então, podemos dividir o Teísmo em: Monoteísmo: crença em um só Deus, Politeísmo: crença em vários Deuses, Henoteísmo: crença em vários deuses, mas com um supremo a todos, Panteísmo, é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente e imanente ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador Ateísmo, num sentido amplo, é a rejeição ou ausência da crença na existência de divindades e outros seres sobrenaturais. Deísmo-a crença em um deus da natureza - um criador não intervencionista - que permite que o universo corra o seu próprio curso de acordo com as leis naturais Criacionismo-é a crença religiosa de que a humanidade a vida, a terra e o universo são a criação de um agente sobrenatural..Teísmo Agnóstico-postula-se que a compreensão dos problemas metafísicos, como a existência de Deus, é inacessível ou incognoscível ao entendimento humano na medida em que ultrapassam o método empírico de comprovação científica. Teísmo Aberto-é a teologia que nega a omnipresença, a omnipotência e a omnisciência de Deus.
Na religião monoteísta seja ela qual for para todos os crentes existe apenas um Deus que é Universalista o qual basicamente serve todas as religiões com diferentes nomes. O que separa as religiões são os conceitos, diferenças que originaram dissidências as quais acabaram por resultar em grandes cisões e convulsões dentro da igreja católica desde a sua criação. Os motivos foram essencialmente derivados aos métodos, poder, riqueza e comportamentos dos papas. Outras religiões cristãs com a Judaica, não acreditam na existência de Jesus Cristo e ainda esperam pelo seu Messias. Outras negam a existência da Santíssima Trindade, bem como na enormidade de pessoas que foram santificados ou beatificados. Quanto aos “milagres”, são fenómenos que ocorrem mas não por interferência divina, mas sim por factores que inexplicavelmente ocorrem e para os quais a ciência por enquanto ainda não consegue explicar a razão da sua origem, mas que a seu tempo virão a ser desvendados.
Está oficialmente provado de que existem no mundo mais de 969 religiões cristãs que acreditam no mesmo Deus. No cristianismo existem numerosas tradições e denominações que reflectem diferenças doutrinais por vezes relacionadas com a cultura e os diferentes contextos locais em que estas se desenvolvem.
Desde o período da Reforma o Cristianismo a partir do grande cisma dividiu-se em três grandes ramos a saber: Católica Apostólica Romana e duas grandes igrejas Ortodoxas a Grega e a Russa no século XI, onde a grande diferença é a linguagem utilizada na liturgia que é realizada em Koiné a língua original do Novo Testamento e a forma da cruz bem como na arquitectura dos templos e na arte iconográfica. Finalmente temos a Igreja Copta que surgiu no Norte de África a qual foi estabelecida no século I pelo apóstolo S. Marcos no Egipto o seu líder e papa Tawadros II está estabelecido em Alexandria juntamente com o seu Sínodo. A igreja ortodoxa não está sobre a jurisdição de um único papa ou patriarca, cada país onde a religião ortodoxa é praticada tem o seu que é independente não tendo que prestar obediência a ninguém. Obviamente que cada religião tem o seu livro sagrado. O Cristianismo a Bíblia, o Bramanismo o Mahabharata, o Hinduísmo-Obagavadguitá, o Islamismo-Alcorão, o Judaísmo-Tora-Talmude e Bíblia, O Karcecismo-Codificação Espírita de Alan K,ardec, o Sikhismo-Guru Granth Sahib, O Zoroastrismo-Zend Avesta, Ortodoxos-Bíblia, Mormons- Bíblia.Velho e Novo Testamento-Livro de Mórmon, Confucionismo-Analetos de Confúcio, Satanismo-Bíblia Satânica, Taoismo-Tao Te Ching, Fé Bahá-Kitáb-i-Aqdas, Budismo-Tripitaka (três cestas)
Protestantismo: originária da segunda grande cisma cristã (Reforma Protestante), no século XVI, e engloba grande número de movimentos e igrejas distintos. Actualmente o movimento protestante está dividido em três vertentes:
Igrejas Históricas: resultado directo da reforma protestante. Destacam-se nesta vertente os luteranos, anglicanos , presbiterianos e baptistas.
Igrejas Pentecostais: originárias em movimento do início do século XX é baseando na crença na presença do Espírito Santo na vida do crente através de sinais, denominados por estes como dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas (glossolalia), curas, milagres, visões etc. Destacam-se nesta vertente a Igreja Assembleia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Igrejas Neopentecostais: originárias na segunda metade do século XX de dissidências das igrejas pentecostais. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Evangélica Cristo Vive, Missão Cristã Pentecostal e Igreja Pentecostal de Nova Vida. Além desses três ramos maioritários, ainda existem outros segmentos minoritários do Cristianismo. Em geral se enquadram em uma das seguintes categorias:
Para-protestantismo: são doutrinas surgidas após a Reforma Protestante cujas bases derrogam as de todas as outras tradições cristãs, basicamente tendo como ponto em comum apenas a crença em Jesus Cristo. A maioria deles não se considera propriamente "protestante". Nesta categoria estão enquadrados os Mórmons, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová, entre outras denominações. O Cristianismo primitivo: são as igrejas cujas bases são anteriores ao estabelecimento do catolicismo e da ortodoxia. É o caso das igrejas não-calcedonianas e da Igreja Assíria do Oriente (Nestoriana).
Cristianismo esotérico: é a parte mística do Cristianismo, e compreende as escolas cristãs de mistérios. A este ramo pertence o Gnosticismo e o Rosacrucianismo. Espiritismo: para uma parte dos seus seguidores no Brasil o movimento espírita inspirado em Kardec, também denominado de kardecismo, é abordado como uma nova forma de cristianismo. Inclusive, um dos seus livros fundantes é denominado de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse livro apresenta uma reinterpretação de aspectos da filosofia e moral cristã. Outros dos seguidores do espiritismo não aceitam esta relação e consideram que o espiritismo é efectivamente uma nova religião.
As religiões mais importantes do mundo em número de seguidores está dividida da seguinte forma: Cristianismo 1.9 biliões-2,1 biliões=29%-32%,
Islamismo, 1,3 biliões-1,57 biliões=19%21%, Budismo 500 milhões-1,5 biliões=7%-21%, Hinduísmo 4,65 biliões-6,17 biliões=68,38%-90,73%.
A população católica no mundo está avaliada em 1.115 milhões de pessoas, mais de um sexto de todos os cristãos no mundo.
15-3 Como se pode ver existem Religiões e Deuses para todos os gostos e feitios, quem quiser ter um Deus para adorar tem muito por onde escolher, se eu tivesse que optar por alguma ideologia o Budismo não sendo uma religião, mas sim uma filosofia de vida é extraordinariamente atraente em muitos aspectos.
12-3-2013
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