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quinta-feira, 16 de abril de 2015
FÉ, RELIGIÃO, HOSPITAIS E IGREJAS
A grande maioria dos Portugueses que hoje em dia atafulham as urgências dos hospitais é cristã devota que professam o catolicismo. São pessoas de fé com crenças e convicções fortes nas suas Santas ou Santos padroeiros, Deus ou J. Cristo. O fanatismo religioso revela-se mais na interioridade do país onde a literacia e instrução académica é quase que não existente ou então é muito básica e rústica tal como as suas mentalidades.
Quando o arcebispado como entidade eclesiástica decide fazer alterações substituindo os padres dessas freguesias abre-se de imediato um contencioso entre a população e a arquidiocese que procedeu à substituição do diácono naquela paróquia. As populações começam por mostrar o seu desagrado com reivindicações e boicotes às missas dominicais exigindo da parte do Bispo que superintende aquela diocese a revogação da substituição do pároco.
Postos os factos nesta perspectiva onde se constata que a sua religiosidade quase que fanática lhes retira a razão, as reacções das pessoas tornam-se irracionais, particularmente quando precisam de cuidados médicos de emergência, por doença súbita ou como resultado de um acidente ou desastre os levam para os hospitais.
Quando estes pacientes que recorrem á tecnologia dos aparelhos mais avançados que a ciência colocou ao dispor dos médicos e da medicina, para estes exercerem as suas profissões maximizando o sucesso das suas intervenções cirúrgicas, exames ou apenas na prescrição de receituário, quando o paciente se encontra curado muito raramente aos médicos lhes é dado o reconhecimento e crédito merecido pela sua dedicação na salvação de vidas. Usualmente quer este ou os seus familiares mais próximos que o acompanharam nas horas difíceis do seu internamento hospitalar para debelar a crise, a primeira entidade para quem estes se viram a fim de agradecerem a cura do enfermo é dando Graças a Deus. Eu confesso se fosse médico e ouvisse uma conversa destas voltava a colocar-lhe o cancro de onde o tinha tirado e dizia-lhes da próxima vez vá a Deus para o operar. Obviamente que estas pessoas estão mais do que convictos de que foi por obra divina que foram salvos das suas maleitas, portanto não se coíbem de na primeira oportunidade de encomendarem ao diácono da freguesia para rezar uma missa ou fazerem uma peregrinação a Fátima, para pagamento da promessa que fizeram pela santa os ter salvado.
Sendo assim que estes acontecimentos se processam, pergunto a mim próprio então por que razão logo no início quando o problema é detectado ou a ocorrência tem lugar, não vão para as igrejas procurar o auxílio do padre para que este lhes faça um diagnóstico para a resolução do problema prescrevendo tratamento adequado. Tenho esperança que um dia o Patriarcado comece a colocar camas nas igrejas e dar cursos suplementares de primeiros socorros aos párocos para que estes proporcionem aos doentes paroquianos outro conforto e bem estar, a fim de que a sua estadia na igreja seja agradável e lá possam ficar acamados a rezar na esperança de um milagre do seu santo devoto e padroeiro ou que Deus na sua magnanimidade lhe diga, sai da cama “levanta-te e caminha” vai para casa que estás curado e não me venhas enganar à procura de baixa médica. Na ida para a igreja, os crentes também podiam aproveitar para pedir ao padre para que na missa dominical este pedisse aos devotos para orarem pelos enfermos, pois estes acreditam piamente que quanto mais pessoas rezarem mais rápidas serão as melhoras. Ainda não vi nenhum crente dizer ao motorista da ambulância ou do táxi, para o levarem para a igreja, para serem diagnosticados por um padre, e tanto quanto sei, todos os beatos que infestam o Facebook com os seus postings religiosos acabam sempre no hospital, morgue ou cemitério.
31-1-2015
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