quinta-feira, 16 de abril de 2015

O LIVRE ARBÍTRIO

A expressão é usada para significar a vontade livre e isenta de exercermos as nossas escolhas apenas e unicamente em concordância com a nossa inteligência e consciência. O livre arbítrio que quer dizer decisão livre é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. O livre arbítrio na sua ambiguidade sintáxica pode igualmente ser encarado como uma prerrogativa concedida por Deus ou como uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir suas acções e pensamentos segundo seu próprio desejo ou crença. A expressão é utilizada por diversas religiões, como o catolicismo, espiritismo, e budismo etc. O livre arbítrio levado aos seus extremos concede aos humanos o direito sobre a vida ou a morte, quer na nossa capacidade individual de decidir pelo suicídio quer como médico na pratica do aborto ou eutanásia, ou a um júri em tribunais e países onde se aplica a pena de morte. Para os religiosos cristãos seja qual for a sua religião, esse será um direito apenas concedido “aquilo” que estes chamam Deus. Para os Católicos a Biblia diz que o livre arbítrio é o poder que Deus dá aos seus fiéis de serem livres e fazerem o que bem entenderem, arcando sempre com suas escolhas e responsabilidades, independentemente se são “boas”, ou “más”. Segundo a Igreja, Deus assume e acredita que seus fiéis vão fazer sempre a escolha certa, e por isso não interfere nas decisões de cada um. O livre arbítrio está na Bíblia, em diversas passagens, onde Deus diz que as pessoas se devem comportar como quiserem, mas sem fazer mal a ninguém. Mas depois entre as muitas contradições bíblicas diz também que nos ama, e que tem um plano maravilhoso para as nossas vidas, sendo assim, é caso para eu perguntar para que preciso eu ou me serve um LIVRE ARBÍTRIO, se Deus já tem um plano para mim e me condenará ferozmente no julgamento final se eu decidir escolher outro Deus, outra religião, tornar-me apóstata ou ateu. A mim faz-me uma tremenda confusão um homem que criou o mundo em seis dias que nunca tenha escrito uma palavra no Velho Testamento, e deixar que outros o fizessem em seu nome contando uma história em que nem as crianças acreditam pela impossibilidade de se assemelhar à mais remota possibilidade desses acontecimentos descritos poderem ter acontecido. O mesmo aconteceu a seu filho que sendo um pregador também precisou de escribas para lhe propagarem a palavra portanto, só posso daí concluir que eram ambos analfabetos. Para qualquer pessoa fazer livremente uma escolha ou tomar uma decisão consciente no pleno uso das suas faculdades sem atraiçoar a sua consciência e exercendo o livre arbítrio tem que se sentir que o faz em plena liberdade e isento de pressões, condicionalismos ou subordinações morais, emocionais, sentimentais ou psicológicas que não afectem a sua capacidade decisória. O ter o privilégio de dizer SIM ou NÃO, apenas quando nos agrada ou convém não é para todos, e na grande maioria das vezes isso só é possível quando financeiramente não dependemos de terceiros. O livre arbítrio de podermos expressar o que pensamos sem medos ou receios seja a quem for e em que circunstância for, só entra em equação quando temos a garantia de que nada nem ninguém têm o poder nos fazer engolir sapos ou ajoelhar, retaliando, chantageando, exigindo um pedindo de desculpas ou que nos retratemos quando temos razão, apenas com a finalidade de nos humilharem. A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia e religião e mais recentemente na história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais, psicológicas, filosóficas e científicas. Há várias visões sobre a existência da "liberdade metafísica", isto é, se as pessoas têm ou não o poder de escolher entre alternativas genuínas. O Determinismo Mecanicista e o Determinismo Teológico são doutrinas que afirmam serem todos os acontecimentos, inclusive vontades e escolhas humanas, causados de forma necessária e suficiente por acontecimentos anteriores, ou seja, o homem é destituído de liberdade de decidir e de influir nos fenómenos em que toma parte. O determinismo mecanicista e o determinismo teleológico rejeitam a ideia que os homens têm algum livre-arbítrio, admitindo uma noção de liberdade como ausência de determinação causa. Em oposição a esses dois tipos de determinismo encontramos o libertarianismo posição que concorda em parte com o determinismo pois concebe que os fatos e acontecimentos causais ocorrem de forma necessária, mas não suficiente, guardando assim, algum lugar para a . O livre arbítrio que cada um de nós tem e usa com mais ou menos critério e isenção está intrinsecamente aliado á nossa formação moral e intelectual. Alguns aspectos têm a ver com a hereditariedade como a cor, credo, zona do globo onde nascemos bem como a qualidade intelectual e financeira parental. Depois de muito meditar e reflectir sobre o tema em epígrafe penso ter-me aproximado mais da definição etimológica do vocábulo Livre Arbítrio. Todo o ser humano independentemente da sua qualidade intelectual, experiências de vida, hereditariedade encontra-se formatado sobre os temas controversos que cobrem as áreas da política, sexo, clubite, religião, homofobia, casamento entre pessoas do mesmo sexo, aborto, pena de morte, eutanásia, ecologia etc. Sobre estes assuntos têm por norma opiniões próprias, muito embora possam ter alguma dificuldade em as substanciar por estudos sociológicos ou científicos, mas pelo menos são capazes de entoar a melodia por terem ouvido a cassete inúmeras vezes, dando a impressão que são pessoas cultas e esclarecidas. Por outro lado se somos auto didactas e dedicamos tempo para fazer investigação sobre matérias que desconhecemos mas esforçamo-nos por enriquecer o nosso conhecimento com a finalidade de iluminar a nossa ignorância, apenas podemos ser louvados por isso. Só pelo conhecimento podemos adquirir fortes convicções sobre os assuntos que nos interessam ou preocupam e nos quais não somos versados. O problema é que certas chamadas verdades que preocupam a humanidade há séculos ainda não foram provadas pela ciência, muito embora os seus arautos não se cansem de afirmar que só não acredita quem não quer ver ou ouvir ou crer. Essas verdades não se encontram escondidas á espera de serem descobertas ou reveladas, muito embora alguns espertos mais argutos procurem fazê-lo com algum sucesso, Muitas verdades de hoje foram fraudulentamente e de forma consistente construídas ao longo dos séculos para congregar prosélitos ou ganhar dinheiro, mas nem mesmo assim conseguiram impedir o nascimento e crescimento de mais de 2000 religiões pelo mundo, sendo cerca de 50 delas de origem cristã. Tal como a felicidade, a verdade da vida terá que ser sentida tal como a dor, que não pode ser contada. Cada um sentirá á sua maneira as descobertas que vai fazendo. As respostas para resolver problemas vivenciais não estão numa cartilha, nem são comuns para todos, muito embora as perguntas possam ser formuladas da mesma maneira. Enquanto uns pensarão que estão mais perto da verdade, outros sentirão precisamente o contrário. Tudo depende do que cada um de nós procura e de que a ajudas precisa ou recorre para encontrar o que precisa. Mas quanto melhor preparados estivermos e limpos interiormente de conceitos pré-concebidos, que nos foram metidos no corpo e na mente como vacinas em idades onde deveríamos ter sido protegidos dessas violências, melhor o nosso corpo e livre arbítrio reagirão na absorção das respostas que satisfaçam aquilo que procuramos. Contudo esse livre arbítrio muda e altera-se de Oriente para Ocidente consoante a estrutura parental da qual descendemos, ou de que zona geográfica de onde somos oriundos. O nosso ADN é infectado e inquinado desde a nascença (infância) pelos valores, crenças, princípios, e comportamentos dos nossos progenitores, mas também pelo nosso passado histórico das circunstâncias que nos envolvem, a isto eu chamo a nossa herança genética. Depois mais tarde durante a puberdade e adolescência somos formatados por outros educadores com a complacência parental. De entre estes que nos envenenam, treinam como animais amestrados, temos outros mentores onde se incluem professores (escolas) catequistas e padres (igrejas), Imãs e Mulás (Mesquitas, escolas corânicas e madraças), e Rabis nas (Sinagogas). Obviamente que na zona geográfica onde vivemos e fomos educados académica e religiosamente determinam sem grande margem de erro as nossas acções futuras de como usamos o livre arbítrio no julgamento e na justiça que administramos ou distribuímos ao longo das nossas vidas por amigos ou família. Já vimos que o livre arbítrio depende de vários factores. Muitas vezes a expressão livre arbítrio, tem o mesmo significado que a expressão liberdade. Contudo quando aprofundados na sua essência estes dois conceitos diferenciam-se claramente. O livre arbítrio é a possibilidade de escolher entre o bem e o mal; enquanto que a liberdade é o bom uso do livre arbítrio. Isso significa que nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre arbítrio, depende sempre de como usa essa característica. Assim, o livre arbítrio está mais relacionado com a vontade. Porém, uma distinção entre os dois é que a vontade é um ato ou acção, enquanto que o livre arbítrio é uma faculdade. A Bíblia também fala em predestinação, onde algumas pessoas são escolhidas mesmo antes de nascerem, e são predestinadas a seguirem o caminho de Deus. 28-9-2014

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